Maquiavel escreveu: "O bem se faz aos poucos, o mal se faz de uma vez". E o Decorativo, que curte uma literatura arcaica, parece que resolveu colocar em prática: já sinaliza privatizações, arrochos e "revisões" de direitos. Eis algumas notícias chocantes de Brasília (que a globo, tão crítica do governo enesses últimos 13 anos, incrivelmente não mostra).
O usurpador responsável pela pasta de Desenvolvimento Social e Agrário já afirmou que Bolsa Família não pode ser meio de vida (quem que faz a vida com uma merreca de 100 conto?). Trocando em miúdos, isso é uma forma polida de sinalizar que haverá cortes.
O "Ministro" da Casa Civil, Eliseu Padilha, pensa em desfazer atos de Dilma referentes a desapropriações, reconhecimento de comunidades quilombolas e criação de resserva indígena. O MST diz que os conflitos rurais devem aumentar com a medida.
O Marco Civil da Internet, regulamentado na última semana da Presidente antes do afastamento, também será reavaliado. Aos ricos de verdade, tudo. Aos pobres e à classe média (que se acha rica, coitada...): não deve-se reclamar e, sim, trabalhar para gerar riquezas a alguém que já tem dinheiro.
Michel Temer tira, ilegalmente, Ricardo de Mello da EBC. O dirigente deveria ter mandato fixo e só poderia ser exonerado mediante processo, de acordo com a lei 11652/2008.
O "Ministro" de Saúde Ricardo Barros (PP) afirmou que o tamanho do SUS precisa ser revisto. A Globo amenizou: " MS diz que não há recursos e sugere melhoria de gestão". Ricardo Barrosa é ex-tesoureiro do PP e é acusado de peculato e corrupção. Isso significa um sucateamento na rede pública de saúde. Se você não tem dinheiro para ter plano de saúde, melhor recorrer à fé (como o próprio Ricardinho já disse, nada melhor que a fé para curar o câncer). Em breve, não acho muito difícil o dito político resolver contratar pastores ao invés de médicos.
O Ministério da Injustiça mandou avisar que não há direitos absolutos, e que o Estado precisa funcionar. Democracia, oi?
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