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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

CurvaCAST 21 - Chile Insurgente



Fogo no laranjal e fogo nas ruas do Chile.

Este episódio do CurvaCAST é fogo para todos os lados!

 Convidado especial: Fernando Tremura, presidente do PT de Ribeirão Preto, advogado ativista e membro do Conselho Diretor de Base do SINTUSP.

Música de Abertura: Ventiscka - La Marcha del Cantor

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The New Piñera Dictatorship

Artigo do colaborador Danilo Granato, que está acompanhando de perto as manifestações no Chile


Foto: AFP


In less than 30 years after claiming hard-earned democratic rights, Chile is victim of another dictatorship. It’s a modern dictatorship. One that doesn’t involve a coup, or a revolution. A dictatorship so subtle that when you realize it’s happening, you’re already subdued. This new form of dictatorship is being presided by the current head of state Sebastian Piñera.

Sounds like a pretty strong claim, but as I said, it’s so subtle that’s hard to see. A few intelligent people can perceive it, but they seem like the donkey from George Orwell’s “Animal Farm”.

I don’t want to be a donkey who keeps silent and lets, through inaction, iron-fist dictators claim power. That’s why I’m laying the facts as I see them and letting the readers draw their own conclusions.

Throughout his second government, the disregard for the population they were supposed to serve was apparent in Piñera’s team. These weren’t only under-the-curtain symptoms such as increasingly long lines in under-staffed, ill-stocked hospitals; high water scarcity due to a historical 10-year long drought; a 10% increase in the electricity bill while it should have been lower; and suspicious deaths of environmental leaders.

On top of aggravating peoples living conditions, the team of ministers made sure to laugh openly at the demise of the population. Citizens heard they could “play bingo and socialize while waiting for the doctor”, or “buy flowers” when it was the only item with deflated prices. On the other side of the table, the government was giving “forgiveness” to multi-millionaire corruption scandals in police and military forces.

All this happened while people were routinely being treated in hospital sofas, agriculture and forestry were over-exploiting privatized water sources, communal leaders were “being suicided” for protecting the environment, and hard-working middle class were retiring in sub-living conditions with pensions far below the minimum wage.

The tipping point was a mere 4 cents increase in the peak-hour metro fare, to which the population heard from the transport minister they should “take the transport earlier” if they would like to avoid the fare hike.

Under these conditions, no wonder the population exploded in protest. The government response? Deploy the military forces in the streets and propose a series of laughable palliative measures that would barely alleviate the daily grind of the population. Proposals which only will broaden the social gap by enriching business owners and putting the country’s finances under permanent strain.

We’re not short of examples. There’s the medicine reform in which government will subsidize remedies from colluded private pharmacies that charge over-inflated rates. There’s also the “catastrophic health insurance” in which the government will pay for health insurance companies to deal with illnesses the public service should but can’t provide. There’s also the bizarre “guaranteed minimum wage” in which the government will use tax-payer’s money to complement the salary of underpaid workers. There’s the public “boost” to private pensions, where the government will pour money into ill-paying, profit-making retirement funds companies.

It is an abnormal form of neoliberalism in which the government gives citizen taxes to private companies, so these companies provide basic services the government itself failed to provide.

Not to count the proposal with personal gain like removing the housing tax for people 70 years old and over. This in a country where a common 70-year pension is not enough to buy enough food or medical care, let alone a house, but the president is conveniently turning 70 years old next year and doesn’t lack properties to pay taxes on (which, by the way, he already owes thousands of dollars of unpaid housing tax).

The list of proposals goes on, but they clearly don’t tackle the underlying needs of the people, and still are committing away public funds to private pockets, putting Piñera’s successor in an extremely difficult position – endure a severe constraint in the public budget or pay the political price to abolish populist policies. 

And that’s not all. Due to social unrest and the military pressure on the streets, these matters are of “extreme urgency”. So, deputies and senators are urged to approve these measures, without proper time to deliberate, and are pressed by public opinion to be in favour or otherwise be taxed as going against the people’s interests. No wonder the president is smiling while he declares war on his population.

In the meantime, as events unfold on the streets, we are getting to know human rights violations from military abuse and cases of undercounting and concealing of deaths by the government. The oppression is escalating to a point where people are being censored and getting arrested inside their own houses, completely outside the jurisdiction of the current exceptional state. As more recent facts are being studied, it is coming to light that these powers are even disobeying the country’s constitution.

It is clear that, right now, Piñera doesn’t have social legitimacy. He once had, scantly, in the elections 4 years ago. With less than 27% of the votes of the electorate in 2017, he was “entitled” to the power regardless of his results and social approval since then. Without public support and with the military by their side, Piñera and his team don’t seem worried to propose hasted laws that would create a political deadlock in which only he and his friends win and everybody else loses. All during a difficult time of social fear, concealed military abuse and overruling of the constitution.

If this is not a dictatorship, I don’t know what it is.

Os artigos publicados neste blog não necessariamente espelham a orientação política do Diplomatas de Sealand, exceto aqueles de caráter editorial. Esse espaço é cedido como uma forma de democratizar o debate político e a participação popular.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

CurvaTALKS 05 - Neoliberalismo

O que é o neoliberalismo? O que come? Como se reproduz?

Nesse episódio, trouxemos da Universidade de São Paulo o Prof. Marcos Cassin para falar sobre esse projeto econômico e político. Este programa é o primeiro de uma série sobre neoliberalismo.

Música de Abertura: Pink Floyd - Pigs (Three Different Ones)

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quinta-feira, 30 de maio de 2019

PAULO GUEDES CHANTAGEIA A CLASSE TRABALHADORA


Após a comemoração a um certo humorista da rede SBT, alinhada ao governo Bolsonaro, o ministro da Fazenda Paulo Guedes se viu tendo que se explicar perante a imprensa sobre o fraco resultado da economia de seu ministério ultraliberal - o PIB do primeiro trimestre recuou 0,2% e chegou ao mesmo patamar que 2012; analistas já dizem que o crescimento da renda, se é que vai acontecer, deve ser menor que 1% e os banqueiros já soltaram inúmeros informes e declarações de que o mal resultado se deve à estagnação da Reforma da Previdência.

Nos mesmos moldes da promessa de abundância de empregos após a Reforma Trabalhista, na época do Temer, que não veio, Paulo Guedes afirmou que liberaria o saque do FGTS e do PIS-Pasep dos trabalhadores ativos para reaquecer a economia, mas somente se a Reforma da Previdência fosse aprovada, num claro gesto de chantagem, tal qual fez Abraham Weintraub em relação ao contingenciamento criminoso de 30% das verbas do ensino público. A estratégia de Guedes é torrar toda a poupança pública (inclusive da Seguridade Social) e explicar o milagre do consumo subsequente à Reforma; mas, para além disso, o ministro sabe o tamanho do endividamento das famílias, sabe que muitos estão tão desesperados que aceitaria qualquer dinheiro fácil no momento, mesmo que isso signifique não se aposentar depois - a ocasião faz o ladrão. O Tchuchuca dos Banqueiros afirmou, inclusive, um milagre de queda de juros após a Reforma, pois o "mercado" ficaria confiante para investir - esquece de dizer, no entanto, que os banqueiros controlam os juros independente do nível de consumo e investimento, tamanha é a concentração de riqueza no setor, que é oligopolizado.

A dica deste blog é: não se desespere pelas dívidas. Pegue todo empréstimo que conseguir e dê calote. Quando os bancos te procurarem, diga que somente pagará quando a Reforma da Previdência for arquivada. Devolva a chantagem na mesma moeda.

terça-feira, 23 de abril de 2019

REITORIA DA USP ATACA A ORGANIZAÇÃO DE SEUS TRABALHADORES



Mesmo com a mediação de dois parlamentares da ALESP, o reitor Vahan Agopyan mantém a postura antissindical e inviabiliza a realização do Congresso da categoria. 

Os trabalhadores da Universidade de São Paulo se viram impedidos de realizar seu VII Congresso Estatutário do SINTUSP após uma decisão da Reitoria condicionar a participação dos delegados à autorização da chefia imediata e ao pagamento obrigatório de todas as horas gastas na participação no evento. Além disso, a Reitoria fez uma distinção entre diretores, conselheiros e delegados sem cargos burocráticos, ao estabelecer que aqueles que tivessem cargos burocráticos no SINTUSP teriam suas horas abonadas e os que não tivessem necessitariam de autorização e de pagamento de horas. A decisão é inédita na história do sindicalismo na USP, mesmo incluindo os seus trabalhos como associação de trabalhadores na época da ditadura militar, e reflete o ataque que sofre as organizações de defesa dos trabalhadores na atual gestão de João Dória e Jair Bolsonaro. 

O Congresso, que seria desenvolvido entre os dias 22 e 25 de abril, é a mais alta instância decisória da categoria e apresenta especial importância no momento político atual; discussões importantes como a reorganização sindical, demitidos políticos, assessoria jurídica após a Reforma Trabalhista e a forma de eleição dos seus diretores estariam na pauta. Suas atividades vêm sendo construídas desde o final de 2018; seu calendário teve ampla divulgação e a liberação vem sido negociada desde as tratativas acerca do Acordo Coletivo, em meados do ano passado. Os delegados são escolhidos por meio de votação direta, de forma democrática, e defendem o interesse da categoria e de sua base de sustentação. Ao longo do ano, a Comissão Permanente de Relações de Trabalho da USP retardou o anúncio das liberações e somente emitiu o ato que tratava do assunto às vésperas do feriado da Paixão de Cristo, um dia útil antes do que seria o início do Congresso. Com a liberação condicionada pelas chefias imediatas, diversas Unidades de ensino proibiram a participação de seus servidores no Congresso, alegando problemas com a continuidade do serviço público, algo que já deveria ter sido sanado se a Reitoria e seus órgãos tivessem tomado as devidas providências quando da publicação do edital do evento. 

Ao longo do dia, o SINTUSP se manteve em negociação com a Reitoria e recebeu o apoio dos deputados Carlos Giannazi e Mônica Seixas, ambos do PSOL. Sob o argumento de se tratar de uma decisão “técnica”, o secretário do Gabinete Executivo afirmou que o Reitor, Vahan Agopyan, não voltaria atrás e os delegados resolveram por adiar o Congresso. O deputado Giannazi protocolou requerimento de convocação ao Reitor para depor perante a Comissão de Educação e Cultura da ALESP. Os trabalhadores continuam mobilizados para conseguirem as liberações e, assim, poderem construir e avançar na luta dos trabalhadores da USP.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

CurvaCAST 1 - Ameaça Fantasma!

Confira o primeiro episódio do CurvaCAST, um podcast patrocinado pelo Diplomatas de Sealand.

Venha conferir os primeiros dias de Bolsonaro no governo!

terça-feira, 17 de maio de 2016

Políticas do governo interino #2



15 de maio de 2016

Em uma tentativa patética do governo de tentar consertar a má imagem projetada pelo asilo gabinete interino branco, velho e oligárquico, a apresentadora Marília Gabriela recusou o convite oferecido por Marta de Vasconcellos de ser a nova Secretária de Cultura.


16 de maio de 2016

Manifestantes ocuparam o palácio de Capanema, antiga sede do Ministério da Educação e Cultura, contra a extinção do MinC. Nas redes sociais, os grupos pró-Temer mais exaltados destilam seu ódio contra o órgão, atacando os artistas como beneficiários da Lei Rouanet, que na visão deles é bancada pelo dinheiro público. Mal sabem eles que o diploma funciona como um captador de investimento PRIVADO para os projetos artísticos...

No dia seguinte, Eliane Costa foi sondada para ocupar a secretaria e simplesmente respondeu que não trabalha para governo golpista. Ainda ironizou: "Onde já se viu? Depois disso só falta me convidar para ser comentarista de política na Globonews"

17  de maio de 2016

Luis Roberto Barroso, do STF, declarou que ,apesar de o STF recentemente ter julgado como inconstitucional a lei que permitia que empresas doassem dinheiro para campanhas eleitorais, ainda cabe ao Congresso decidir sobre a legalidade de tais doações.

Marco Aurélio de Mello liberou o pedido de pautar o impeachment para o Plenário do STF. Mesmo com a atitude, o cheiro de pizza na Praça dos Três Porretes ainda é muito forte.

Em Cannes, a equipe de Aquarius queimou o filme do Decorativo por meio de um protesto simbólico. Ao chegarem no tapete vermelho, os artistas levantaram papéis com frases denunciando o golpe.

O "Ministro" de Saúde afirmou no dia 16 que o tamanho do SUS precisava ser repensado e que o ideal era aumentar o acesso aos planos de saúde. Hoje, saiu no PiG que o maior doador da campanha de Ricardo Barros é sócio do Grupo Aliança, gigante dos planos de saúde. Após reações negativas de vários setores populares, o político voltou atrás e falou que descarta reavaliar o tamanho do sistema único de saúde.

A "Educação" afirmou que é a favor do pagamento de mensalidades para os cursos de pós-graduação nas universidades públicas.

O Decorativo quer liberar os jogos de azar e os cassinos. Todos sabem que ele é muito amigo de doleiros.

O Wikileaks vazou um documento que afirma que a globo fica com 90% do dinheiro arrecadado do Criança Esperança, sendo somente 10% empreendidos em programas solidários da UNESCO.

Osmar Terra, responsável por desmontar a área de "Desenvolvimento Social e Agrário", avisou que pretende cortar 10% das concessões de Bolsa Família por seus beneficiários estarem, de acordo com ele, fora dos padrões do programa.

No Banco Central, o nome que paira é o de  Ilan Goldfjan, que é... Diretor do Banco Itaú! Henrique Meirelles já falou que ele vai ter independência para colocar o país nos eixos e o candidato a presidente do Bacen (o nome precisa ser aprovado pelo Senado Federal) já falou que a saída para a crise é desacelerar o consumo - mesmo que a custa de desaquecer o mercado de trabalho. Em outras palavras, volta a velha forma de combater a inflação através do desencorajamento do consumo, por meio da depreciação de renda dos mais pobres; o desemprego vira plano de governo.

EBC: o jornalista exonerado do cargo de diretor Ricardo de Melo afirmou que entrará na justiça e que sua exoneração foi escandalosa, autoritária e antidemocrática.

Políticas do governo interino



Maquiavel escreveu: "O bem se faz aos poucos, o mal se faz de uma vez".  E o Decorativo, que curte uma literatura arcaica, parece que resolveu colocar em prática: já sinaliza privatizações, arrochos e "revisões" de direitos. Eis algumas notícias chocantes de Brasília (que a globo, tão crítica do governo enesses últimos 13 anos, incrivelmente não mostra).

O usurpador responsável pela pasta de Desenvolvimento Social e Agrário já afirmou que Bolsa Família não pode ser meio de vida (quem que faz a vida com uma merreca de 100 conto?). Trocando em miúdos, isso é uma forma polida de sinalizar que haverá cortes.

O "Ministro" da Casa Civil, Eliseu Padilha, pensa em desfazer atos de Dilma referentes a desapropriações, reconhecimento de comunidades quilombolas e criação de resserva indígena. O MST diz que os conflitos rurais devem aumentar com a medida.

O Marco Civil da Internet, regulamentado na última semana da Presidente antes do afastamento, também será reavaliado. Aos ricos de verdade, tudo. Aos pobres e à classe média (que se acha rica, coitada...): não deve-se reclamar e, sim, trabalhar para gerar riquezas a alguém que já tem dinheiro.

Michel Temer tira, ilegalmente, Ricardo de Mello da EBC. O dirigente deveria ter mandato fixo e só poderia ser exonerado mediante processo, de acordo com a lei 11652/2008.

O "Ministro" de Saúde Ricardo Barros (PP) afirmou que o tamanho do SUS precisa ser revisto. A Globo amenizou: " MS diz que não há recursos e sugere melhoria de gestão". Ricardo Barrosa é ex-tesoureiro do PP e é acusado de peculato e corrupção. Isso significa um sucateamento na rede pública de saúde. Se você não tem dinheiro para ter plano de saúde, melhor recorrer à fé (como o próprio Ricardinho já disse, nada melhor que a fé para curar o câncer). Em breve, não acho muito difícil o dito político resolver contratar pastores ao invés de médicos.


O Ministério da Injustiça mandou avisar que não há direitos absolutos, e que o Estado precisa funcionar. Democracia, oi?