Dia 5
Ribeirão Preto, 20 de março de 2020.
Precisei deixar de pagar o aluguel para conseguir ter uma reserva durante a crise do coronavírus. As coisas no serviço deram uma acalmada depois das intervenções que precisei fazer junto às empresas para não demitirem os estagiários. Alguns deles ameaçaram demitir os estagiários que entrassem em quarentena. O João foi para a casa da Célia, mas não sem antes passar por um complexo processo de desinfecção de todos os envolvidos. Cheguei atrasado ao Serviço e distribuímos computadores laptop, desktop, álcool gel e outras coisas mais para levarmos a nossas casas e supostamente iniciarmos o “teletrabalho” (que certamente não acontecerá).
O governo federal prometeu a concessão de mais bolsas família, mas cortou hoje 160 mil benefícios, sendo 60% do nordeste.
A Espanha registrou 169 mortes em 24 horas e já tem mais de 17 mil casos. Em número de óbitos, a Espanha está atrás apenas da Itália. O governo aceitou que dois hotéis do centro de Madri fossem destinados para atender a pacientes sem sintomas graves, que não podem voltar para a casa para não contaminar familiares.
No Reino Unido, o cosplay do Trump não quer impor quarentena e apenas restringiu o transporte público. Lá há 3269 casos confirmados e 144 mortes. Já na França, acontece o contrário: mil pessoas foram multadas por sair de casa sem motivo. Há 11000 casos confirmados e 372 mortes. Os franceses podem trabalhar nas ruas somente se não conseguirem fazer isso em casa. Também podem ir ao mercado e a farmácia, além de se exercitar, desde que sozinhos.
O príncipe de Mônaco deu positivo para covid-19, a doença dos burgueses; aqui no Brasil, o número de infectados na comitiva presidencial subiu para 23 – todos, praticamente, estão com a doença, só a bailarina que não tem.
O vírus já chegou em praticamente todos os estados da Federação; o número de mortes confirmadas subiu para 7 (sete) e os casos confirmados para 651.
O Eduardo Bananinha, depois das desavenças de ontem, agora diz que não há nenhum problema diplomático entre o Brasil e a China. É a velha estratégia de dar de desentendido. Jair acha que o episódio é página virada, mas ninguém perguntou ao Xi Jinping o que ele está pensando. Até quando irão testar a nossa paciência?
JB voltou a criticar “medidas extremas” adotadas pelos estados. Witzel fechou a fronteira São Paulo-Rio de Janeiro, como se fosse o próprio presidente da República. É claro que o Bozo não gostou nem um pouco dessa história. Além disso, o Burro afirmou que as 7 mortes foram mais causadas pelas comorbidades do que pelo coronavírus - não dá vontade de pendurar esse animal de ponta cabeça num poste?
Em São Bernardo do Campo, a vigilância sanitária apontou irregularidades na empresa ATENTO, além de um grave risco de contaminação. A empresa se negou a liberar os funcionários de telemarketing e estes se organizaram e fizeram uma greve de dois dias. A Atento chamou a polícia para tentar intimidar os trabalhadores, mas eles resistiram ativamente e conseguiram mais uma visita da vigilância sanitária, a qual, desta vez, interditou de vez a empresa.
Já o Silas Malafaia realmente fez cultos contra o coronavírus no Rio de Janeiro, segundo maior epicentro da doença no Brasil; o Ministério Público entrou com uma representação contra ele para interditar os cultos presenciais, mas o TJRJ negou providência.
O número de casos na negacionista Holanda chegou a 2700 e o número de mortos subiu para 77. Mesmo assim, o Bolsonaro-Holandês não quer decretar o isolamento social. Vai ser um pandemônio.
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