Dia 4
Ribeirão Preto, 19 de março de 2020
O contágio avança pelo mundo. No Irã, uma pessoa morre de Coronavírus a cada dez minutos; na Itália, a contagem é um a cada quinze. O país latino, inclusive, já não tem mais como manter seus serviços funerários funcionando da maneira usual. Caminhões do exército foram mobilizados para retirar corpos das regiões mais afetadas e serem cremadas imediatamente nas cidades vizinhas. Os crematórios, no entanto, não estão conseguindo atender à demanda, tampouco. Os serviços funerários usuais, então, nem se fala: falta caixão, adorno e funcionários - eles estão contraindo o vírus e ficando incapacitados de trabalhar. 12 padres que ministração extremas uncoes morreram, o que fez com que o governo proibisse a administração do último sacramento. As pessoas que falecem, a maioria idosos e de insuficiência respiratória, além de morrer em condições precárias, morrem sozinhos, pois as famílias não podem visitá-los na internação; depois, são enterrados sem velório, pois o vírus ainda sobrevive uma caralhada de dias no corpo defunto.
O Eduardo Bolsonaro entrou numa querela diplomática com o Embaixador da China no Brasil depois de falar que o COVID-19 era a doença da China. O Embaixador respondeu duramente, inclusive falando que aqueles que humilham o povo chinês acabam se dando mal. A bancada do boi reagiu, falou que o Eduardo tá ficando louco, e por aí vai. O Mourão afirmou que o Eduardo não fala pelo governo brasileiro, e que se ele se chamasse "Eduardo Bananinha" ninguém iria dar bola para o que ele disse. Isso casou com a fama de "pau-pequeno" que ele tem desde que terminou com a Patrícia Lélis. O Ernesto Araújo soltou uma nota esquizofrênica cobrando desculpas do governo da China.
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