sábado, 25 de março de 2017

Moro se prepara para prender Lula

Os ventos indicam que a prisão de Lula está próxima. Um movimento claro que indica que o momento está próximo é a convocação da horda de inocentes úteis seguidores do MBL de sair às ruas, para que a mídia explore o ódio de classe e assim prepare os corações para o evento do século.

A prisão faz-se necessária para coroar a vitória da elite dominante sobre os "lulopetistas", a mais nova pecha atribuída àqueles que contrariam seus interesses. São os "subversivos vagabundos" do momento. Todo marco é simbólico e o fim da Constituição, que já apresenta um marco jurídico, carece agora de um social.

Por trás da "defesa da Lava Jato", como se o Judiciário precisasse de bênção popular para instalar a Exceção, encontra-se unicamente o objetivo de acabar com a classe trabalhadora.  Sabemos disso, pois, o MBL é um "bloco partidário" responsável por articular a opinião pública em favor do PMDB, PSDB e DEM, que são fracos em base social e precisaram "terceirizar" tal trabalho. Ora, o único político de esquerda relevante que ainda não foi punido, antagonista desses partidos, é justamente o Lula.

Este já sabe que vai ser preso. Todo mundo sabe. E tenta barganhar a sua prisão através do potencial de reação social que isso pode gerar. Com isso, se lança a presidente. Ciro Gomes também sabe da certeza do que irá acontecer e também se antevém a isso. Seu discurso de que só sairá candidato se Lula não o for é sintomático, bem como a disposição de Lupi em punir os correligionários que apoiaram o golpe. A burocracia visa a 2018. Os trabalhadores, massa de manobra social, apostam suas últimas fichas no queremismo; são capitalistas demais para quererem uma revolução.

Enquanto isso, As Meninas se mostram cada vez mais sociológicas:o de cima sobe e o debaixo desce.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Epitáfio de Seikilos

A música erudita foi rica desde sempre. Mesmo que não tenha uma linguagem muito complexa durante a Grécia Antiga, sua engenhosidade é rica e bonita de se conhecer.

O Epitáfio de Seikilos é a música mais antiga que temos por completa. Trata-se de uma melodia grafada em um túmulo, com um poema. O local apresenta a seguinte inscrição: "Eu sou um túmulo, um ícone. Seikilos me pôs aqui como um símbolo eterno da lembrança imortal". Também há a gravação de que Seikilos fez esta bonita homenagem à sua esposa, presumivelmente enterrada naquele lugar.



A letra é igualmente encantadora:


Hoson zés, pháinou
Medén hólos sý lýpou
Pros olígon estí to zén
To télos ho khrónos apaitéi
Enquanto viveres, brilha.
De todo não te aflijas,
Pois curta é a vida
E o tempo cobra seu tributo.

Segue abaixo uma interpretação contemporânea da música:




A mensagem era hedonista e positiva. Hoje, posso dizer que ela apresenta um novo significado. Enquanto viveres, brilha. Não seja um filha da puta fascista, porque essa galera que não brilha tenta apagar o brilho dos outros. A vida é tão curta que não vale a pena torná-la pior para o próximo. 

A desinformação de Zago, reitor da USP

Em resposta ao uso parcial da imprensa da USP por parte do dirigente máximo, Zago, trabalhadores da USP encaminharam o seguinte esclarecimento:



INFORMAÇÃO É PODER

A Reitoria enviou uma mensagem apresentando a versão parcial da realidade sobre o que aconteceu na reunião do Conselho Universitário. Usou o endereço "Imprensa" para dar um aspecto de seriedade (coisa que a maior parte da imprensa já perdeu faz tempo) e isenção (como se possível) . 

Em um exercício ridículo tenta colocar o Reitor como vítima e chega a falar de "violência psicológica" sofrida pelos conselheiros, demonstrando uma total incapacidade de refletir sobre o assunto ou mesmo de apresentar argumentos em defesa da truculência provocada pela ação da Reitoria que orientou os conselheiros a esperarem lá fora criando assim um clima de tensão.

Uma mensagem recebida via e-mail (com a autoria perdida, mas conteúdo plenamente válido) faz boas considerações sobre a referida mensagem da Reitoria!


"Recebi, como todos vocês, este informe, e penso que a Reitoria poderia divulgar, também, os depoimentos de membros do Co que já disseram algo bem diferente. Junto com estes. é claro. Assim mostraria verdadeira preocupação pela situação gerada. Mas prefere compor uma matéria no estilo Cidade Alerta, menosprezando a inteligência dos receptores. Homogeneizando o Co contra o "inimigo interno". Até repete a determinação do título daquele triste comunicado de 2014 ("A USP sob ataque") em que inauguraram a denominação "inimigo interno".

Além disso, matéria fraca, considerando que pessoas em condições de fuga conseguiram imagens bem mais nítidas. Por que não há uma única foto ou filmagem dos supostos "cerco e empurralhamento"? Ou do impedimento de entrar, isso último -que também não justificaria a selvageria policial- seria essencial, já que, na sessão do Co, vários declararam não terem sido impedidos em momento nenhum, coincidindo com vários colegas que deram depoimentos públicos. Das três fotos que acompanham, uma parece um pique-nique, na outra está Fischerman escoltado e na terceira uma pessoa arroja alguma coisa (contra os policiais, não contra os conselheiros), depois de que os policiais começaram o ataque.

Alguns dos depoimentos são diretamente atos falhos: “Até o início das ações da PM, eu e a maioria de meus colegas conselheiros fomos continuamente assediados com palavras", diz o diretor do IF de São Carlos. 

Então, as palavras são assédio? Houve centenas ou mais de um milhar atacados com cassetetes, bombas, e spray pimenta. Todos somos atacados cotidianamente pela Reitoria e esses membros coniventes do Co com o sucateamento do patrimônio público, ocultamento de informações vitais, violência institucional, e, também, com palavras. 

Uma matéria para consumo dos convencidos, que não sinaliza nenhuma perspectiva."

Nota-se assim que estamos em uma guerra de informações. Para que não sejamos manipulados, principalmente pela Reitoria e Jornalões que apenas publicam o que interessa aos seus patrocinadores, é preciso buscar outras fontes de informação.


Neste sentido, no anexo 1 há três artigos/depoimentos lúcidos e comoventes de Conselheiros que estavam no dia da votação e que entendem o papel da Universidade e de como as coisas podem e devem ser bem diferentes, com o uso do diálogo e troca de opiniões para resolver nossas diferenças. Fica claro que apesar de haver o protesto e até alguma hostilização (xingamentos), reprováveis, porém compreensíveis diante da situação, dava sim para os conselheiros entrarem, não sendo necessário uma ação tão truculenta da Polícia. Talvez um grande agravante foi a ordem da Reitoria para os Conselheiros se aglutinarem mas não entrarem.

No anexo 1 também há:
- Carta Aberta da ADUSP, SINTUSP E DCE sobre a proposta do Reitor.
- Moção do Departamento de Antropologia / FFLCH
- Carta Aberta / Abaixo assinado Contra a violência e pela Democracia na USP , a qual continua recebendo adesão: https://www.change.org/p/contra-a-falta-de-democracia-e-uso-de-viol%C3%AAncia-na-usp?recruiter=692452100&utm_source=share_petition&utm_medium=copylink


Outras fontes que ajudam a entender o que realmente aconteceu no dia da reunião do “CO”:
- o vídeo do pessoal das creches disponível em https://pt-br.facebook.com/ocupacaocrecheaberta/videos/1955223204701038/
- Facebook do Bruno Gilga Rocha - representante dos funcionários no CO, destaco a lúcida e pertinente fala dele na reunião do CO https://www.facebook.com/brunogilgarocha/videos/1851784468411249/

Mas, para quem quer entender o que realmente está acontecendo na USP segue no anexo 2 alguns artigos com análises mais aprofundadas, mais abrangentes e mais honestas sobre os números, as ações e a situação da USP.
Segue também o resultado da votação do CO com quem votou contra e a favor dos parâmetros.

Anexos:

Para receber os relatos do ocorrido no dia da votação, mande uma solicitação para o  e-mail ssetrep@protonmail.ch.

segunda-feira, 13 de março de 2017

A entrevista censurada de Eugênio Aragão sobre Alexandre de Moraes

A juíza Cristina Inokuti, da 3ª Vara Cível de São Paulo, determinou no dia 10 que o PT retire de seu site reportagem feita com o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, em que ele critica a conduta do futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na sentença, a juíza diz que a entrevista possui "indícios de abuso do direito constitucional de liberdade de expressão e informação" e que as opiniões de Aragão vinculam Alexandre de Moraes "à facção criminosa e ao cometimento de ilicitudes".


A juíza ainda estipulou um prazo de cinco dias para que o partido retire do ar a reportagem, sob pena de multa no valor de R$ 1.000.


Indignado com a censura sofrida, o PT divulgou nota oficial comunicando que irá recorrer da decisão.


A censura sofrida pelo página do PT na internet, a partir de uma ação judicial movida pelo ex-ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, é mais um atentado à democracia perpetrado por integrante do ilegítimo governo golpista que hoje ocupa o poder no Brasil.


É profundamente lamentável, e causa grande preocupação, o fato de que Moraes, recentemente nomeado para a mais alta corte de Justiça do país, tenha mobilizado seus esforços para censurar a opinião do ex-ministro do Governo Dilma Rousseff, Eugênio Aragão, exposta em entrevista à Agência PT.


O Partido dos Trabalhadores irá recorrer contra essa decisão, que lembra os piores dias do regime militar, e continuará lutando pelo retorno do Brasil ao Estado Democrático de Direito, que só acontecerá quando houver novas eleições diretas para a presidência da República.

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Segue a íntegra da entrevista censurada:








Servidores da Prefeitura de Ribeirão Preto protestam contra Duarte Nogueira

Servidores municipais ocuparam o calçadão da praça XV de Novembro neste sábado, (11) para exigir melhores condições de trabalho. De acordo com os trabalhadores, apesar do discurso, o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) se nega a negociar sobre suas pautas, aparelhando politicamente os órgãos da prefeitura com cargos comissionados, inflando a folha de pagamento e legando os Servidores de carreira para segundo plano. Ainda, como forma de deslegitimar as reivindicações, os Servidores afirmam que o prefeito tenta jogar a população contra os interesses do povo e da classe.





Além das condições trabalhistas, o grupo salienta o sucateamento dos serviços públicos, especialmente na área de educação e saúde. Há escassez de medicamentos e de suprimentos básicos nas UBS e UBDS, bem como falta de segurança e equipamentos quebrados. O prefeito também é acusado pelos funcionários de não cumprir a carta-compromisso assinada durante a campanha eleitoral -- o que significa que Duarte Nogueira, deputado que apoiou o golpe de Estado que colocou Temer no poder, no ano passado, mentiu em sua campanha eleitoral.

Lista de medicamentos em falta na Farmácia da UBDS Central

Outra manifestação está marcada para o dia 14 de março, em frente ao Palácio Rio Branco, na qual será encaminhado a pauta de reposição salarial mais um aumento real; caso não haja diálogo, os servidores discutirão uma greve geral por tempo indeterminado e a consequente paralisação da máquina pública. Os servidores afirmam que foram arrecadados R$ 18 milhões nos 66 primeiros dias de 2017, o que contrariaria o discurso de Nogueira de ausência de verba para a campanha salarial.