sexta-feira, 29 de abril de 2016
Mais uma da Jana
A integralista Janaína Paschoal afirmou que trabalho no governo FHC e do Geraldo Alckmin e que havia recebido R$ 45 mil para elaborar um parecer, mas que não era tucana, porque o partido golpista é muito fraco. Se esse tipo de direita é fraca, pode pendurar uma suástica no pescoço dessa desequilibrada...
Janaína Paschoal chora na Comissão de Impeachment e causa vergonha alheia em nível nacional
Qual a necessidade disso?
Janaína Paschoal faz gol contra e impicha Michel Temer
A cama-de-gato foi armada pelo Senador Randolfe Rodrigues, da REDE. Ele apresentou os fatos e pediu para que a
Para quem não entendeu a piada, vale lembrar a performance da "doutora" em um congresso da USP. Saca a cruz invertida ao fundo \,,/,
P.S.: o motivo de eu ter riscado o miss Lexotan é que considerei que ter transtornos mentais não é demérito de ninguém. Vergonha é ter saúde e fazer esse tipo de papel.
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Teste de Coordenadas Políticas
Fuçando na net alguns testes de coordenadas políticas, achei um da The Political Compass, que é bem interessante:
https://www.politicalcompass.org/test
Infelizmente, o teste não está totalmente adequado à realidade brasileira: os quadrantes deveriam ser pintados de "petralhas, coxinhas e isentões"...
https://www.politicalcompass.org/test
Infelizmente, o teste não está totalmente adequado à realidade brasileira: os quadrantes deveriam ser pintados de "petralhas, coxinhas e isentões"...
Vamos apoiar a monarquia!
por José Djugashvili, o irônico.
Caros brasileiros, essa crise política só serve para mostrar que o caminho é apoiar o Rei.
Na monarquia, não existe corrupção: todos os desvios são legalizados e há censura para quem denuncia.
A panaceia contra o peculato é o patrimonialismo.
O político se corrompe para conseguir dinheiro para bancar sua campanha - o poder vitalício erradica esse vício.
Ao povo, não vai adiantar manifestação: o eficaz é ameaçar degolar quem atua com prevaricação.
Somente peço cuidado com a pressa ao reivindicar
pode ser a sua cabeça que vá rolar.
Caros brasileiros, essa crise política só serve para mostrar que o caminho é apoiar o Rei.
Na monarquia, não existe corrupção: todos os desvios são legalizados e há censura para quem denuncia.
A panaceia contra o peculato é o patrimonialismo.
O político se corrompe para conseguir dinheiro para bancar sua campanha - o poder vitalício erradica esse vício.
Ao povo, não vai adiantar manifestação: o eficaz é ameaçar degolar quem atua com prevaricação.
Somente peço cuidado com a pressa ao reivindicar
pode ser a sua cabeça que vá rolar.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Análise do relatório de impeachment pelo Plenário da Câmara dos Deputados #2
A votação da admissibilidade do processo de impedimento da Sr.ª Rousseff durou 34 horas, batendo o recorde de maior sessão da história da Câmara dos Deputados. Mas o que chocou mesmo foram as votações.
O site Tortura Nunca Mais fez um levantamento das justificativas das votações do domingo no qual a sociedade brasileira se olhou no espelho:
O gráfico foi traçado a partir da primeira motivação que os deputados apresentaram. O interessante é notar que a maioria dos parlamentares votaram por causa da família deles, ou seja, por um motivo extremamente particular e completamente descabido. Apenas 5 (cinco) votaram por causa das pedaladas, o que faz levantar a suspeita de que o argumento do "soft coup" (golpe de estado brando) não tão descabido assim, afinal, todos os brasileiros sabem que bauru sem tomate é golpe.
Não vou ignorar o fato de que o gráfico foi ordenado de forma a enfatizar o descalabro das justificativas, mas isso não afasta o fato assustador de que a esmagadora maioria não votou pelo relatório, mas pela vontade de fazer um quarto turno e de erradicar os pobres da vida política: houve votos contra a CUT, contra o MST, contra as minorias, a favor de torturadores e de fascistas. O site "The Economist" publicou uma lista sobre os motivos mais escabrosos para se apoiar o impedimento:
Houve polêmica para se acertar a ordem de votação durante a semana. O gângster-geral da república Eduardo Cunha queria a princípio fazer a votação dos estados do Sul para o Norte, gerando assim um efeito manada com relação aos indecisos, uma vez que a maioria dos votos contra o impeachment está nos rincões mais pobres do país. Depois, sugeriu fazer alternado, Sul e Norte, o que na prática também geraria o efeito manada e o STF chancelou a decisão. Não há nada disposto no Regimento Interno da Câmara dos Deputados com relação à chamada dos parlamentares e somente um precedente, que foi o impedimento do Collor, no qual os votantes procederam à votação por ordem alfabética.
Brasília foi separada por um muro para separar as "torcidas organizadas". Havia expectativas de fotos aéreas das manifestações que ocorriam lá fora, mas pouquíssimas foram disponibilizadas. Apesar da Polícia afirmar que houve mais amarelinhos que vermelhinhos, as poucas fotos que existem disponível após a votação começar mostram o contrário:
O muro foi pichado:
... feito de rede de vôlei:
...e de lugar para se tirar fotos melosas:
O site Tortura Nunca Mais fez um levantamento das justificativas das votações do domingo no qual a sociedade brasileira se olhou no espelho:
O gráfico foi traçado a partir da primeira motivação que os deputados apresentaram. O interessante é notar que a maioria dos parlamentares votaram por causa da família deles, ou seja, por um motivo extremamente particular e completamente descabido. Apenas 5 (cinco) votaram por causa das pedaladas, o que faz levantar a suspeita de que o argumento do "soft coup" (golpe de estado brando) não tão descabido assim, afinal, todos os brasileiros sabem que bauru sem tomate é golpe.
Não vou ignorar o fato de que o gráfico foi ordenado de forma a enfatizar o descalabro das justificativas, mas isso não afasta o fato assustador de que a esmagadora maioria não votou pelo relatório, mas pela vontade de fazer um quarto turno e de erradicar os pobres da vida política: houve votos contra a CUT, contra o MST, contra as minorias, a favor de torturadores e de fascistas. O site "The Economist" publicou uma lista sobre os motivos mais escabrosos para se apoiar o impedimento:
- For the birthday of my granddaughter
- For the foundations of Christianity
- For Bruno and Felipe
- For the Masons of Brazil
- For rural producers, because if they don’t plant there will be neither lunch nor dinner
- Because of the proposal that children can have sex-change procedures [while still] in school
- To end the profitability of being unemployed or a layabout
- For the congregation of the “Quadrangular” [an evangelical church]
- For the aged and children
- For an end to welfare dependency
- For my mother Lucimar
- For charismatic renewal
- For Brazilian doctors
- To put an end to CUT [the biggest Brazilian grouping of trade unions] and its no-good types
- For the love of this country
- For an end to the Petrobras scandal and those who profited from it
- For the Republic of Curitiba [a Brazilian state capital; Sérgio Moro, the crusading judge leading the investigation into corruption at the state-controlled oil giant, Petrobras, hails from there]
- In memory of my father
- For Campo Grande [the state capital of Mato Grosso do Sul], the loveliest brunette of Brazil
- For gun control
- Because of the communism that threatens this country
- For the fearless and pioneering people of the state of Rondônia
- For BR 429 [an interstate highway]
- For all the insurance brokers
- For my unborn daughter Manoela
- For my 93-year-old mother who is at home
- In homage to my city’s founding day
- For peace in Jerusalem
- For the best state, Tocantins
- For my mother, who at the moment is fighting for her life
- For the sector that generates wealth: agribusiness
- For my son Breno and my beloved military police of São Paulo
- For the military of 1964 [who took control of Brazil in a coup]
- So that we don’t become Reds like in Venezuela and North Korea
- For my 78-year-old father who taught me the principles of the word of God
- For Sandra, for Erica, for Vítor, for Jorge, and for my grandson who is on the way
- For my state of São Paulo, governed for the past 20 years by honest politicians from my party
- For my wife and my daughter, who are my principal electorate
- As tribute to my only and true riches, my daughters
- For an end to the “colonels” [the big landowners and rich families who effectively rule much of north and north-east Brazil]
- For the armed forces who are now pensioners without a salary
- In tribute to my father Roberto Jefferson [a Brazilian politician implicated in a massive political scandal in 2005]
- For Carlos Alberto Brilhante Ustra, the Terror of Dilma [Colonel Brilhante Ustra was the chief torturer under the military dictatorship]
- For street-dwellers who sleep on the street, are born on the street and die on the street
- In order that no government stands against the nation of Israel
- For science and technology
- For my wife Mariana and daughter little Mariana
- Against the Bolivarian dictatorship
- For the truckers
- For free men and morality
- For the honour of the people of Minas Gerais [a Brazilian state]
- For Canção Nova [a Catholic radio and television network]; for the Brazilians who live with drugs
- For my aunt Eurides, who looked after me when I was small
- For you, mum
- For the libertarian traditions of Minas Gerais
- I forgot to mention my son. For you, Paulo Henrique! Kiss!
- For the cancer hospital
- In tribute to the victims of BR 251 [an interstate highway]
- To honour the flag of Minas Gerais
- I am a leader of the majority; I am not a leader of the minority
Houve polêmica para se acertar a ordem de votação durante a semana. O gângster-geral da república Eduardo Cunha queria a princípio fazer a votação dos estados do Sul para o Norte, gerando assim um efeito manada com relação aos indecisos, uma vez que a maioria dos votos contra o impeachment está nos rincões mais pobres do país. Depois, sugeriu fazer alternado, Sul e Norte, o que na prática também geraria o efeito manada e o STF chancelou a decisão. Não há nada disposto no Regimento Interno da Câmara dos Deputados com relação à chamada dos parlamentares e somente um precedente, que foi o impedimento do Collor, no qual os votantes procederam à votação por ordem alfabética.
Brasília foi separada por um muro para separar as "torcidas organizadas". Havia expectativas de fotos aéreas das manifestações que ocorriam lá fora, mas pouquíssimas foram disponibilizadas. Apesar da Polícia afirmar que houve mais amarelinhos que vermelhinhos, as poucas fotos que existem disponível após a votação começar mostram o contrário:
O muro foi pichado:
... feito de rede de vôlei:
Equipe da República Democrática da Esplanada Oriental enfrenta a República Federativa da Esplanada Ocidental
...e de lugar para se tirar fotos melosas:
Relacionamento entre coxinha e mortadela choca a Família Tradicional Brasileira
Continua...
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Análise do relatório de impeachment pelo Plenário da Câmara dos Deputados #1
Entre 15 e 17 de abril deste ano de 2016, o Brasil se voltou para o Plenário da Câmara dos Deputados. De um lado, o vice-presidente, cansado de ser decorativo e de não ser reconhecido por suas frases em latim, em conluio com o nada ético presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha; de outro, a presidenta Dilma Rousseff, sitiada no Palácio do Planalto, e Lula, fazendo a conversa com os movimentos sociais e negociando com parlamentares para manter sua afilhada política no poder.
Na sexta-feira, uma edição especial do Diário Oficial da União fazia uma reforma no Poder Executivo, substituindo mais de cem nomes nos órgãos públicos. A oposição acusou a movimentação de ter "desvio de finalidade"; alguns políticos de esquerda disseram se tratar de um contragolpe e outros não tocaram no assunto.
Era somente um prenúncio do que estava por vir: um verdadeiro show de horrores, taxado pela imprensa mundial como "circo" e "carnaval". Na verdade, o episódio mostrou mais uma vez um Brasil caricato: nas ruas, o número de pessoas fazendo churrasco, soltando fogos e usando camisetas de futebol da CBF mais faziam o espetáculo dantesco parecer uma final de Copa do Mundo. E foi com essa seriedade que osgenerais do golpe apoiadores do impeachment tocaram o processo.
Os trabalhos na Casa-Baixa (que pode agora ser chamado de Casa-da-Baixaria) começaram às 8:55 do dia 15/04, mas os parlamentares chegaram bem antes, para se inscreverem como oradores. Quando se formava a fila, o clima ainda era de descontração entre prós e contras.
A primeira fala foi de Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impedimento (obviamente não iriam colocar aquela possuída desvairada da Janaína Paschoal para acusar -- ninguém a leva a sério).
Já naquele momento já deu para perceber que não haveria seriedade por parte de muitos. Nem o autor do pedido se furtou de fazer carnaval. O governo responderia de uma forma menos jocosa, mas também faria plaquinhas.
O autor afirmou que o golpe houve quando se sonegou que o país estava quebrado. A plaquinha do "tchau, querida" é uma provocação à forma como Lula se referia a Dilma nos grampos da PF.
O Advogado-Geral da União abriu de debates na sexta-feira, fazendo uma defesa contundente:
Na sexta-feira, uma edição especial do Diário Oficial da União fazia uma reforma no Poder Executivo, substituindo mais de cem nomes nos órgãos públicos. A oposição acusou a movimentação de ter "desvio de finalidade"; alguns políticos de esquerda disseram se tratar de um contragolpe e outros não tocaram no assunto.
Era somente um prenúncio do que estava por vir: um verdadeiro show de horrores, taxado pela imprensa mundial como "circo" e "carnaval". Na verdade, o episódio mostrou mais uma vez um Brasil caricato: nas ruas, o número de pessoas fazendo churrasco, soltando fogos e usando camisetas de futebol da CBF mais faziam o espetáculo dantesco parecer uma final de Copa do Mundo. E foi com essa seriedade que os
Os trabalhos na Casa-Baixa (que pode agora ser chamado de Casa-da-Baixaria) começaram às 8:55 do dia 15/04, mas os parlamentares chegaram bem antes, para se inscreverem como oradores. Quando se formava a fila, o clima ainda era de descontração entre prós e contras.
A primeira fala foi de Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impedimento (obviamente não iriam colocar aquela possuída desvairada da Janaína Paschoal para acusar -- ninguém a leva a sério).
Já naquele momento já deu para perceber que não haveria seriedade por parte de muitos. Nem o autor do pedido se furtou de fazer carnaval. O governo responderia de uma forma menos jocosa, mas também faria plaquinhas.
O autor afirmou que o golpe houve quando se sonegou que o país estava quebrado. A plaquinha do "tchau, querida" é uma provocação à forma como Lula se referia a Dilma nos grampos da PF.
O Advogado-Geral da União abriu de debates na sexta-feira, fazendo uma defesa contundente:
O Advogado-Geral da União fala no Plenário da Câmara
O Advogado-Geral sustentou mais uma vez, assim como fizera na Comissão Especial, que não havia crime de responsabilidade. Argumentou também que o processo era nulo por vício de competência, uma vez que surgiu claramente por causa de uma retaliação do presidente da Câmara depois que o PT afirmou que iria votar contra o arquivamento de seu processo no Conselho de Ética. Salientamos que a noção de crime no sistema brasileiro advém da noção de anterioridade, ou seja, é preciso que haja na lei uma tipificação bem clara de que aquilo que se comete é crime. Ademais, julgar de um ano para o outro uma conduta que era feita reiteradas vezes por outros governantes viola:
I - a segurança jurídica: começa-se a criar uma incerteza sobre as relações jurídicas no país, pois aquilo que era aceito como a favor da lei durante muito tempo, de uma hora para a outra, sem prévio aviso, torna-se ilegal, caracterizando direito ad hoc;
II - o princípio da igualdade, vazado no art. 5º da nossa vilipendiada Constituição, que garante por si só que o tratamento dado pelos atos administrativos de Dilma Rousseff deveriam ser dados a TODOS os governantes que cometeram as mesmas "infrações" em 2016.
Estes são apenas alguns argumentos que, ao meu ver, somam-se aos do Advogado-Geral Eduardo Cardozo para taxar esse processo como a coisa mais escabrosa que já aconteceu em nossa curta vida republicana.
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Você é coxinha, petralha ou isentão?
Para ajudar a acabar de polarizar a população brasileira, fizeram um teste muito engraçado para saber que partido as pessoas estão tomando na futura guerra civil brasileira. Risos.
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/04/teste-voce-e-coxinha-petralha-ou-isentao-5713480.html
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/04/teste-voce-e-coxinha-petralha-ou-isentao-5713480.html
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Uma visão parcial e (assaz) simplificadora da Questão das Ilhas Falkland
Meus amigos,
Segue um gif sobre a questão das Ilhas Falkland. Apesar de tratar-se de uma forma muito, simplificada do conflito, estou postando porque eu achei engraçado. Risos.
As Malvinas estão sob contencioso internacional há muito tempo e, ao contrário do que o gif sugere, não eram ocupadas quando da colonização espanhola. Pelo contrário, foi deixada de lado por muito tempo. Agora, o interesse naquele arquipélago cresce, tendo em vista a possível viabilidade de se explorar petróleo em sua plataforma.
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