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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Jair Não Vai

 Finalmente o dia chegou. Bolsonaro foi condenado, e o país inteiro respirou — e não foi só um suspiro de alívio, foi uma explosão de festa nas ruas. “Jair Não Vai” captura exatamente esse clima: a vitória do povo contra a estupidez, a impunidade e o autoritarismo que por anos nos sufocou.

Essa música não é só crítica: é celebração. É para rir da cara do absurdo, dançar sobre o desastre e sentir o gosto doce de uma justiça tardia, parcial, mas necessária. Aperte o play, sinta a vibração da rua, e celebre. Porque, sim, Jair não vai — e o Brasil finalmente pôde festejar como merecia.


Letra:

Sábado à noite é hora de samba
Mas Jair não vai, pois está em cana
Domingo é bloco na rua animada
Mas Jair não vai, tá de tornozeleira dourada

Na terça tem baile no centro da cidade
Mas Jair não vai, perdeu a liberdade
Quarta é feijoada na casa da tia
Mas Jair não vai, PF não permitia

Mas Jair não vai, ô não vai não
Tá de prisão domiciliar, capitão
Mas Jair não vai, ô não vai não
Nem pra comprar pão no portão

Na sexta tem roda de samba na praça
Mas Jair não vai, tá trancado em casa
Sábado tem pesca no rio com os amigos
Mas Jair não vai, PF não dá abrigo

Segunda é churrasco do gado no sítio
Mas Jair não vai, e reclama no ofício
Quinta é motociata até o litoral
Mas Jair não vai, Moraes fechou o quintal

Mas Jair não vai, ô não vai não
Tá de prisão domiciliar, capitão
Mas Jair não vai, ô não vai não
Nem pra comprar pão no portão

“Ô Jair… o Brasil tá no bloco e você no sofá.
Segura aí a cuíca imaginária, capitão!”

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

AS FRONTEIRAS DO BARÃO



AS FRONTEIRAS DO BARÃO

O Barão do Branco empreendeu diversas negociações com outros países cujas fronteiras com o Brasil necessitavam de soluções. Os tratados que assinou com a Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia, Peru, Uruguai, Argentina e Guiana Holandesa definiram os contornos finais do território brasileiro.

QUESTÃO DO ACRE

Em 1902, o Barão do Rio Branco foi convidado pelo presidente Rodrigues Alves para assumir a pasta de Relações Exteriores. Logo no início, se defronta com a Questão do Acre, que foi resolvida por Rio Branco por meio do Tratado de Petrópolis, de 17 de novembro de 1903, por meio do qual o governo brasileiro comprou o território acreano da Bolívia sem precisar entrar em guerra com o País. Para homenageá-lo, foi dado o seu nome à capital do estado. O Barão permaneceu na função de chanceler durante o mandato de quatro presidentes: Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca.

A QUESTÃO DO PAN-AMERICANISMO

O mais instigante na figura do Rio Branco foi a sua percepção da transformação geopolítica no início do século XX, época da intensificação das rivalidades entre as grandes potências europeias. O Império Inglês, que Rio Branco acompanhou de perto, estava gastando bastante tempo e dinheiro em guerras locais que ocorriam em suas colônias na Ásia e na África. Além disso, não demoraria muito para estourar a Primeira Guerra Mundial.

Antevendo a catástrofe europeia, Rio Branco promoveu uma intensa aproximação com os Estados Unidos, que nessa mesma época apresentavam-se sob a liderança do presidente Theodore Roosevelt, como uma grande potência alternativa àquelas da Europa. Além disso, Roosevelt era simpático do pan-americanismo da Doutrina Monroe, que previa um bloco geopolítico integrado no continente americano.

A melhor "ferramenta" utilizada por Rio Branco nesse deslocamento diplomático da Europa para os Estados Unidos foi [nomear] Joaquim Nabuco. Assim como Rio Branco, Nabuco era um aristocrata e diplomata do Império que, com o colapso deste, continuou prestando os seus serviços para a República. Quando o Barão foi nomeado Ministro das Relações Exteriores, Nabuco, que era partidário do pan-americanismo, foi feito embaixador do Brasil em Washington, capital dos EUA.

Por Ariane Bertoli Muscari



domingo, 5 de abril de 2020

Previsões estatísticas para o dia 6 de abril - COVID-19 Brasil


O CP-SSR está fazendo um boletim diário sobre as previsões estatísticas para o COVID- 19. Para o dia 6 de abril, temos:

Número de casos confirmados previstos: 13.093
Número de novos casos previstos: 1.402
Número de mortes previstas no dia: 87
Balanço de mortes previstas no fechamento do boletim epidemiológico: 587
Número estimado de casos reais, levando em consideração a taxa de mortalidade da Coreia do Sul: 117.317
Taxa de mortalidade medida estimada: 4,48 %
Taxa de subnotificação: 88,9% (11 em cada 100 pessoas infectadas é testada pelo governo)

Sobre o Boletim de 5 de abril

A taxa de acerto em relação aos casos confirmados foi de 95%
A taxa de acerto em relação às mortes foi de 97%
A taxa de acerto em relação ao índice de letalidade foi 99%

O que esses índices dizem?

Não se pode dizer que o Brasil já está achatando a curva; a manutenção de uma tendência de crescimento linear na taxa de letalidade, sem haver saturação do SUS, na verdade indicam um aumento da subnotificação, inclusive nos casos mais graves. Isso se deve à fila de testes que aumenta e à escassez de kits para testagem.
A margem de 3% de erro no número de mortes estimadas também pode ser fruto de subnotificação, uma vez que há centenas de óbitos suspeitos no estado de São Paulo aguardando resultado do exame.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

CONSIDERAÇÕES SOBRE O LULA LIVRE



Editorial
Após o julgamento sobre a questão da segunda instância pelo Supremo Tribunal Federal, a liberdade cantou para Lula. O ex-presidente havia sido feito prisioneiro político pelo então juiz Sérgio Moro, para evitar que ele fosse candidato à Presidência da República. Devido a uma campanha nacional e internacional pela soltura de Lula, ao desgaste do governo Bolsonaro, da imagem de Sérgio Moro e, principalmente, pela crise política que emergiu devido ao caso Vaza Jato, devido ao imenso material jornalístico de Glenn Greenwald, Lula foi beneficiado por um habeas corpus na sexta-feira e, depois, foi para São Bernardo do Campo reorganizar a sua militância.

A soltura de Lula, no entanto, não significa um “retorno” à Constituição, como se magicamente o estado de exceção generalizado que tomou conta dos país a partir de 2016 tivesse sumido com uma canetada do Supremo. Trata-se de um recuo tático da burguesia nacional e da classe política fisiológica para enquadrar Bolsonaro, uma vez que a burrice incomensurável do atual presidente da República por vezes atrapalha os interesses da mesma burguesia que o garante no poder. O que não se está claro é se a tentativa é de conter Bolsonaro ou de fortalecê-lo, uma vez que, com Lula solto, a polarização em torno do PT pode voltar a ser relevante e Bolsonaro pode se fortalecer se souber aproveitar a oportunidade (afinal, muitas alianças somente são possíveis se houver um “inimigo comum”).

No Congresso Nacional, a presença do Lula, que pode voltar ou não a ser o eixo da discussão política, tende a atrair uma parte dos políticos da direita fisiológica (conhecida como Centrão) e repelir a outra parte; dificilmente haverá indiferença com relação a Lula no jogo político. Esse fenômeno deve sufocar o crescimento do PSOL, que vem se verificado de forma lenta e gradual desde o processo de impeachment de Dilma Rousseff. A tendência é a construção de um novo “centro”, hegemonizado pelo PT e MDB, com legendas como o PSB e outros partidos de centro-direita orbitando, que polarize com a extrema-direita de Bolsonaro e asseclas. Isso representa também uma aproximação do PSDB com a extrema-direita, uma vez que a direita tradicional, que fica no meio do caminho dessa polarização, tende a se esvaziar; Rodrigo Maia, que tentava reconstruir a direita tradicional a partir da “moderação” do DEM (que era mais para a extrema-direita no início do governo), poderá sair prejudicado com a saída de Lula, a não ser que tente um acordo anti-Bolsonaro. O PSOL tende a ter uma aproximação inicial, com algumas alianças municipais fechadas com os setores mais à direita do Partido (como é o caso do Marcelo Freixo), mas tende a se afastar à esquerda devido ao sufocamento eleitoral.

No campo progressista, a soltura de Lula certamente é positiva, por se tratar de uma reparação, por retardar a sanha persecutória contra líderes da esquerda, por contrapor elementos burgueses que tentam se pintar como progressistas (como o Ciro Gomes, o qual certamente vai procurar polarizar com Lula, aproximando-se do ex-eleitorado do Bolsonaro) e, também, para pôr fim à paralisia de pauta do partido hegemônico da esquerda, o PT; por outro lado, pode alimentar ilusões institucionais em um momento no qual o avanço neoliberal sobre os trabalhadores se intensifica. Lula é o cara da conciliação, do reformismo fraco, e, em épocas de polarização, a gente sabe muito bem o que isso significa. Quando a luta de classes se radicaliza, é um erro não tomar um posicionamento mais claro contra a burguesia e a favor da classe trabalhadora. #

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Bolsonaro está nas cordas?


"Estou em um país capitalista". Foi assim que Bolsonaro se referiu à maior potência comunista do mundo. A declaração veio para desfazer um imbróglio: durante toda a sua campanha eleitoral, para polarizar, o pesselista atacou o país oriental e, ao início do mandato, evitou o contato a todo custo, gerando protestos inclusive da burguesia brasileira, que depende da China para escoar parte de seus produtos primários.

Ao longo desses dez meses que está no poder, Bolsonaro procurou se aproximar dos Estados Unidos, escolhendo este país como um dos seus primeiros destinos para uma visita de Estado; nada mais estava fazendo do que batendo continência ao seu pavilhão, como fizera de maneira explícita antes de tomar posse. Lá, abriu as portas brasileiras aos americanos sem contrapartida, anunciou a entrega da base militar de Alcântara e prometeu engajamento a um problema geopolítico que não é seu, a questão venezuelana. Em troca, ganhou um tapinha nas costas e uma promessa de entrar na OCDE.

Trump, que quer uma "América para os americanos" (traduza-se isso em intervir em todos os países da América Latina), jamais teve o interesse em se alinhar com um Brasil falido diplomaticamente; apenas estimulou o seu fã a exercer a sua subserviência colonial. Em virtude disso, é forçoso até para os setores que se diziam nacionalista acreditar que algum provento viria dessa "troca" entre metrópole e colônia, uma vez que a missão brasileira foi ao continente norte-americano sem nenhum poder de barganha e prestígio. Com o tempo, Bolsonaro foi se tornando um ativo tóxico ao redor do mundo (sim, a terra é arredondada) e Trump viu a necessidade de se descolar de seu homólogo brasileiro, ainda mais depois que se viu em um processo de impeachment que, ao contrário do que pensavam os estrategistas da alt-right, queimou o seu capital político. O divórcio veio com a declaração de amor não correspondido de Bolsonaro e com o seu patético discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU deste ano. A promessa de fiar a candidatura brasileira a OCDE não veio. Não que essa entrada fosse boa para nós, mas ainda sim se tratou de uma humilhação para o governo brasileiro no exeterior.

Internamente, a rede bolsonarista de desinformação arrefeceu diante da desagregação do PSL, numa briga mal-calculada entre os Bolsonari e os setores bivaristas do partido pelo gordo fundo partidário que começará a ser utilizado nas eleições de 2020. Todos erros do próprio bolsonarismo na consecução de seu projeto de poder. Paralelamente a isso, o parceiro numero um do fascismo brasileiro, Benjamin Netanyahu, perdeu o posto de primeiro-ministro em Israel, a extrema-direita húngara perdeu espaço, a direita corre sérios riscos de ser rechaçada eleitoralmente na Argentina, países latino-americanos como o Chile, o Equador e o Peru, reacenderam a chama da luta de classes e Evo Morales foi reeleito na Bolívia, vacinando-se contra uma tentativa de golpe de estado patrocinada pelos americanos que tentam fazer de Carlos Mesa uma espécie de Guaidó austral. E agora, José? Sem parlamento, sem partido e sem apoio internacional, o que resta a Jair Bolsonaro fazer na cadeira presidencial?

A resposta parece ser fazer algo inusitado no repertório bolsonarista: fazer política. Com o rabo entre as pernas, o presidente cítrico foi até Pequim buscar alguma relevância escorando-se na figura de Xi Jinping, que o recebeu de braços abertos, de olho que está na privatização de estatais estratégicas brasileiras (lembremos que, há um ano atrás, Jair reclamava que os chineses queriam comprar o Brasil). Essa política, porém, se dará na única linguagem internacional que o mandatário conhece: a da subserviência. 

Enquanto o governo federal vai se acuando, as medidas neoliberais vão se aprofundando pelas mãos de Rodrigo Maia. O povo brasileiro ainda não esboça nenhuma reação a esta destruição do tecido social - mas, por quanto tempo?

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O Advogado-Geral da União explica porque o "direito de defesa" não descaracteriza o golpe

Basicamente, senhores, é porque ter o direito de se pronunciar em um processo, sem seu pronunciamento ser levado em consideração é o mesmo que não se defender.


quinta-feira, 28 de abril de 2016

Vamos apoiar a monarquia!

por José Djugashvili, o irônico.

Caros brasileiros, essa crise política só serve para mostrar que o caminho é apoiar o Rei.
Na monarquia, não existe corrupção: todos os desvios são legalizados e há censura para quem denuncia.
A panaceia contra o peculato é o patrimonialismo.
O político se corrompe para conseguir dinheiro para bancar sua campanha - o poder vitalício erradica esse vício.

Ao povo, não vai adiantar manifestação: o eficaz é ameaçar degolar quem atua com prevaricação.
Somente peço cuidado com a pressa ao reivindicar
pode ser a sua cabeça que vá rolar. 

domingo, 13 de março de 2016

Movimento pró-corrupção


Hoje é o dia que a direita e uns perdidos vão às ruas pedir para acabar a corrupção do PT. Diversos movimentos engrossam os “batalhões”, deixando várias nuances de reivindicações, desde aqueles exigindo a saída da sr.ª Rousseff, outros a saída dela e do vice e novas eleições e alguns, mais exaltados e nostálgicos, pede a volta das Forças Armadas para “acabar” com a corrupção. Porém, o que será que está por trás da cabeça desse povo todo que se revolta?
As motivações são o descontrole econômico e os escândalos desencadeados pela Operação Lava Jato, a qual comprometeu politicamente nomes importantes da cúpula do Partido dos Trabalhadores; no entanto, a mesma Operação citou diversos membros da oposição. Nomes importantes como o do sr. Aécio Neves, senador pelo PSDB, e o do sr. Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, foram citados diversas vezes, porém, não tiveram a mesma atenção pela mídia do que o nome dos outros envolvidos; mesmo assim, tais nomes foram parar nos ouvidos da Opinião Pública e foram sumariamente ignorados.
Quando tais cartazes pedem a saída da Presidenta, sem pedir a saída dos membros da oposição, uma coisa fica bem claro: não se trata de um movimento anticorrupção pura e simplesmente, mas de um movimento contra a corrupção do PT. Quando se pede a volta dos ditadores, isso significa o controle de todas as coisas que influenciam o povo, tais como as instituições que são supostamente independentes – Ministério Público, Polícia Federal, Tribunais de Contas – e a mídia. Controlar essas entidades significa controlar a percepção da Opinião Pública sobre a corrupção. Alguns dizem que, na época da ditadura, não se ouvia falar de escândalos. E não se ouvia mesmo, por um motivo bem óbvio: os mandatários tinham o controle da comunicação e do vazamento desses esquemas perante a população e, como o regime não era democrático, é até válido se questionar se essa corrupção não era sistemática demais para poder criar a mentalidade de que era “legal”. Com a democracia, os valores mudam, e negócios por baixo dos panos não são mais aceitos. Democracia significa transparência. Não é com falta de transparência que se combate a corrupção.
Levantar um cartaz a favor do impeachment sem levantar outro exigindo, de forma difusa, o mesmo tratamento que teve o sr. Lula por parte do MP com relação às investigações para os srs. Aécio Neves, FHC, Eduardo Cunha, significa dizer que o que incomoda é a corrupção do PT e não a corrupção generalizada. “Mas, para limpar a casa, tem que começar com alguém” – essa é a maior falácia que os políticos passa para que a Opinião Pública engula essa história. Para os amigos, tudo; para os inimigos, a lei. As coisas não podem ser assim. Levantar placa em prol da saída da presidente por causa da corrupção, na situação que se encontra o país, onde TODOS parecem ter o rabo preso, não é um movimento anticorrupção, mas uma forma de legitimar obliquamente a corrupção dos outros. O certo a se fazer, se a população quisesse mesmo tirar os corruptos do poder, era combater a todos e, durante a manifestação, assegurar-se de que, enquanto as operações fossem lançadas, a lei fosse cumprida a cada momento e a todos sem distinção. Fazer a lei valer apenas para alguns, às vezes indo além-da-lei (praeter legem), como aconteceu com a condução coercitiva e a prisão preventiva do sr. Lula, é uma forma de corrupção; e as pessoas que vão para as ruas ratificar tais atos não são menos corruptos que os políticos que estão sendo preso. A voz do povo nem sempre é a voz de deus.