sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Bolsonaro está nas cordas?


"Estou em um país capitalista". Foi assim que Bolsonaro se referiu à maior potência comunista do mundo. A declaração veio para desfazer um imbróglio: durante toda a sua campanha eleitoral, para polarizar, o pesselista atacou o país oriental e, ao início do mandato, evitou o contato a todo custo, gerando protestos inclusive da burguesia brasileira, que depende da China para escoar parte de seus produtos primários.

Ao longo desses dez meses que está no poder, Bolsonaro procurou se aproximar dos Estados Unidos, escolhendo este país como um dos seus primeiros destinos para uma visita de Estado; nada mais estava fazendo do que batendo continência ao seu pavilhão, como fizera de maneira explícita antes de tomar posse. Lá, abriu as portas brasileiras aos americanos sem contrapartida, anunciou a entrega da base militar de Alcântara e prometeu engajamento a um problema geopolítico que não é seu, a questão venezuelana. Em troca, ganhou um tapinha nas costas e uma promessa de entrar na OCDE.

Trump, que quer uma "América para os americanos" (traduza-se isso em intervir em todos os países da América Latina), jamais teve o interesse em se alinhar com um Brasil falido diplomaticamente; apenas estimulou o seu fã a exercer a sua subserviência colonial. Em virtude disso, é forçoso até para os setores que se diziam nacionalista acreditar que algum provento viria dessa "troca" entre metrópole e colônia, uma vez que a missão brasileira foi ao continente norte-americano sem nenhum poder de barganha e prestígio. Com o tempo, Bolsonaro foi se tornando um ativo tóxico ao redor do mundo (sim, a terra é arredondada) e Trump viu a necessidade de se descolar de seu homólogo brasileiro, ainda mais depois que se viu em um processo de impeachment que, ao contrário do que pensavam os estrategistas da alt-right, queimou o seu capital político. O divórcio veio com a declaração de amor não correspondido de Bolsonaro e com o seu patético discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU deste ano. A promessa de fiar a candidatura brasileira a OCDE não veio. Não que essa entrada fosse boa para nós, mas ainda sim se tratou de uma humilhação para o governo brasileiro no exeterior.

Internamente, a rede bolsonarista de desinformação arrefeceu diante da desagregação do PSL, numa briga mal-calculada entre os Bolsonari e os setores bivaristas do partido pelo gordo fundo partidário que começará a ser utilizado nas eleições de 2020. Todos erros do próprio bolsonarismo na consecução de seu projeto de poder. Paralelamente a isso, o parceiro numero um do fascismo brasileiro, Benjamin Netanyahu, perdeu o posto de primeiro-ministro em Israel, a extrema-direita húngara perdeu espaço, a direita corre sérios riscos de ser rechaçada eleitoralmente na Argentina, países latino-americanos como o Chile, o Equador e o Peru, reacenderam a chama da luta de classes e Evo Morales foi reeleito na Bolívia, vacinando-se contra uma tentativa de golpe de estado patrocinada pelos americanos que tentam fazer de Carlos Mesa uma espécie de Guaidó austral. E agora, José? Sem parlamento, sem partido e sem apoio internacional, o que resta a Jair Bolsonaro fazer na cadeira presidencial?

A resposta parece ser fazer algo inusitado no repertório bolsonarista: fazer política. Com o rabo entre as pernas, o presidente cítrico foi até Pequim buscar alguma relevância escorando-se na figura de Xi Jinping, que o recebeu de braços abertos, de olho que está na privatização de estatais estratégicas brasileiras (lembremos que, há um ano atrás, Jair reclamava que os chineses queriam comprar o Brasil). Essa política, porém, se dará na única linguagem internacional que o mandatário conhece: a da subserviência. 

Enquanto o governo federal vai se acuando, as medidas neoliberais vão se aprofundando pelas mãos de Rodrigo Maia. O povo brasileiro ainda não esboça nenhuma reação a esta destruição do tecido social - mas, por quanto tempo?

CurvaCAST 21 - Chile Insurgente



Fogo no laranjal e fogo nas ruas do Chile.

Este episódio do CurvaCAST é fogo para todos os lados!

 Convidado especial: Fernando Tremura, presidente do PT de Ribeirão Preto, advogado ativista e membro do Conselho Diretor de Base do SINTUSP.

Música de Abertura: Ventiscka - La Marcha del Cantor

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Cabular aula “ao contrário”

Este artigo foi encaminhado pela nossa colaboradora Patrícia Reis.

Imagem: R7
Este é um trecho do livro que escrevi, mas ainda não o publiquei. Eu o trouxe aqui com um objetivo, mostrar àqueles que defender regime militar (golpe), terra plana, que o impeachment não foi golpe, entre outras sandices o que foi um regime autoritário. Faço isso porque está impossível a convivência humana no país. Outro dia fui chamada de retrógrada por um policial que quer que voltemos há 50 anos, sendo que eu quero avançar 100. Não vejo coerência, então, abaixo trarei apenas o relato de uma criança, que viveu num regime, que era horrível em todos os aspectos, e, mesmo eu não sabendo, eu sofri as consequências. Os nomes são fictícios, os fatos reais. Segue o texto:


Cabular aula “ao contrário”
...

Um dia cabulamos aula e pulamos o muro do clube mais chique da cidade, chamado Itaguará. Ficamos lá o dia todo, jogamos, fizemos piquenique, roubamos coquinho. Juntaram-se a nós nossos amigos da sala de aula, Leo, César, Luis, Rose e Raquel.

Os dias estavam tumultuados naquele período. Eram tantos afazeres para uma pessoa só, eu aceitava todas as incumbências que me davam, todos os convites sociais, e era difícil atender a tudo. Além da comissão de formatura, as aulas e as provas para as quais eu nunca estudava, ainda ensinava música para os alunos de piano, fazia aula de datilografia, estudava a música para a apresentação da Audição, organizava a apresentação de fim de ano, que seria uma dança de foxtrote, com chapéu e bengala a roupa era toda em preto e branco. Envolvi até a minha mãe nas tarefas de confeccionar as saias de todas as participantes e bordando as gravatas.

A minha agenda era bastante apertada. Certo dia minha aula de datilografia se alongou mais do que o costumeiro e após aquela aula eu teria prova de matemática na primeira aula, mas aconteceu um pequeno problema de ordem fisiológica, que acontece mensalmente para as mulheres, e por mais rápida que eu tenha sido no banho que anteriormente não estava planejado, não foi suficiente para evitar que os portões do colégio estivessem fechados quando finalmente cheguei à escola.

Desesperei-me, perder a prova bimestral era fatal, seria a primeira vez na vida que ficaria com uma nota vermelha, minha mãe comeria meu fígado, no desespero tentei ser honesta, fui até a diretoria e expus a situação e disse que precisava entrar, mas a resposta da inspetoria foi incisivamente negativa, e ainda me expulsou do colégio, entrei em pânico novamente.

Do lado de fora do colégio, sentindo-me injustiçada, com raiva, receosa por perder a prova, e irremediavelmente indesejada pela Diretoria, sentei-me na calçada de frente para o colégio de onde avistava o portão frontal, pensei que seria uma boa idéia pular aquele portão que inclusive era bastante fácil de fazê-lo, contudo era muito próximo à sala do Diretor, pensei que pelos fundos embora fosse mais difícil era mais seguro, juntei minha mochila e pus-me a caminho.

Era um muro razoavelmente grande, de chapisco e com uns pregos pequenos em cima, que para minha sorte não estavam uniformemente distribuídos. Retirei da minha mochila o agasalho embrulhei-o nas mãos, coloquei um paralelepípedo que estava meio esquecido e sem utilidade no terreno baldio ao lado, subi em cima dele e tentei escalar o muro. Algumas tentativas foram em vão, perseverei e tentei até conseguir chegar ao topo do muro, lancei minha perna direita para o outro lado, fazendo um ângulo maior do que costumava fazer para caminhar e, nesse momento, senti que o tecido de minha calça se rompeu, fio a fio, lentamente, não dava para voltar a perna para a posição anterior primeiro porque era um fato quase consumado não havia meios do tecido se costurar com o retorno de minha perna a posição anterior, depois porque se eu desistisse perderia a prova. Então pensei comigo:

— Azar, depois penso nisso.

E joguei-me para o outro lado do muro sem restrição, o que fatalmente aumentou a proporção do rasgo inicial. Enfim estava do outro lado, apesar dos arranhões no chapisco e a sensação de frescor no bumbum, já em terra firme sã e salva, iniciei minha tarefa de esconder o desastre causado antes de ir a famigerada prova.

O mesmo agasalho que protegeu minhas mãos agora estava sendo amarrado na cintura para tampar o desagradável buraco que ficou na calça, quando atrás de mim surgiu uma voz – a inspetora.

Dona Creuza era como a chamávamos, todos tinham muito respeito a ela, sabia ser dócil e decisiva ao mesmo tempo, nunca desobedecíamos suas ordens, até mesmo muito mais pela consideração do que outra coisa.

— Muito bem, Dona Jaqueline, você conseguiu dar um jeito de entrar... se você voltar pelo mesmo caminho eu vou fingir que não te vi e não vou te dar uma suspensão.

— Mas Dona Creuza eu preciso fazer a prova, não é justo. Todo mundo pula o muro de dentro para fora para fugir daqui, você deveria se orgulhar que eu estou pulando de fora pra dentro, porque eu adoro a escola.

— Última palavra Jak, vou falar para o Professor dar outra prova para você, mas agora vá embora.

-- Dona Creuza, posso pedir só uma coisinha? Abre o portão da frente pra mim? Eu rasquei a calça, será uma visão esquisita para quem estiver na rua se eu tiver que despular novamente.

— Tá bom, Tá bom.

Após esse evento, eu percebi algumas semanas depois, que o muro foi aumentado com uma tela grossa imensa, intransponível, lembrei-me do portãozinho de minha antiga casa quando era menor e dei uma gargalhada pensando, é só eu crescer que consigo novamente.

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E era assim, meritocracia, zero, pois no boletim só havia notas máximas, mas, eu era pobre, portanto, não recebia elogios e presentinhos.

Minhas idéias eram boicotadas, pois os louvores eram sempre destinados aos filhos dos vereadores, do prefeito, do capitão da Aeronáutica.

Meritocracia é o nome que se dá para a palavra apadrinhamento.

Obrigada por ler até o fim
Patricia Reis

Os artigos publicados neste blog não necessariamente espelham a orientação política do Diplomatas de Sealand, exceto aqueles de caráter editorial. Esse espaço é cedido como uma forma de democratizar o debate político e a participação popular.

Bolsolulismo: uma ideia debiloide para explicar o apoio de parte da esquerda à Operação Lava Jato e ao “Fora Maduro”.

Artigo do colaborador Luiz Fellipe, membro do Núcleo Anarquista do Proletariado Revolucionário

Andamos um pouco distantes dos acontecimentos mais recentes sobre o Chile e a Catalunha, mas a maneira como o governo equatoriano contornou a crise decorrente do aumento de preços do petróleo não dá sinais de desespero por parte da burguesia. A mobilização, num primeiro momento foi contida, e não se precisou fazer uso prolongado do estado de sítio. Em nenhum momento, e isso me leva a conclusões radicalmente diferentes das da TS sobre o papel dos líderes populares, se cogitou lançar mão de Rafael Correa como substituto de Lenín Moreno no papel de contenedor das massas.

O caso colombiano desmente com ainda mais contundência a versão apresentada pela TS: os estudantes que saíram às ruas estão sob influência, predominantemente, da esquerda reformista de lá e de Gustavo Petro, candidato da esquerda moderada nas últimas eleições. São esses os mentores dos protestos de Equador e Colômbia: Rafael Corrêa e Gustavo Petro, coincidentemente, ambos aliados de Nicolás Maduro, o “ditador a serviço da burguesia venezuelana”.

Então, só restaria conceber uma rebelião organizada pelos setores reformistas com vistas a criar instabilidade e se aproveitar dela para retomar o aparelho de estado em apoio à burguesia. Contudo, os exércitos de ambos os países deram mostras, as mais eloquentes, de fidelidade aos governos atuais da direita, por assim dizer, “declarada”, para usar a terminologia infantil da TS. E como esse teatro, seguindo o raciocínio apresentado, substitui a insatisfação das massas, que permanecem desorganizadas, embora insatisfeitas, só nos resta descartar as aparências de luta real e caracterizar o período atual como um período de profunda estagnação, o oposto do que a TS procura demonstrar ao longo de todo o texto. Mas não: há conflitos reais.

Para servir de pano de fundo para as afirmações extravagantes dos nossos colegas, estes introduzem Catalunha e Hong Kong no rol das manifestações populares que ameaçam a estabilidade do regime burguês em nível internacional. Mas a TS não é a maior opositora das manifestações na Catalunha? Elas teriam, agora, um ano depois do início da crise catalã, servido de catalisador para as mais variadas tendências populares?

Vamos à “onda conservadora”, mas vamos sabendo o que se quer dizer com esta sonora expressão. Para os companheiros da TS, não há onda que não dure para sempre, a natureza da onda com que eles pensam fazer analogia é diferente da das ondas convencionais, que se encerram depois de um ciclo relativamente curto, a onda deles é mais como uma onda de desenho animado ou filme de terror, que cresce indefinidamente até arrebentar na costa e fazer naufragar todo o mundo por 40 dias e 40 noites, como na história de Noé, e, mais importante do que isso, o que se confundiu com essa onda gigante é a crise de dominação burguesa, que pode fazer a população pender tanto para a direita quanto para a esquerda. Tratar-se-ia de uma crise de dominação cujos resultados são indefinidos e que, nas suas oscilações internas, seriam apenas caracterizadas como ondas, ondas gigantes, exageradas em tamanho e duração. Ai de quem propuser uma definição mais precisa para tais “ondas”.

No fim, chegamos a um consenso: a direita capitalizou a onda, tirou proveito dela, e todo o palavrório da TS sobre onda, ao fim, serve para endossar uma opinião prévia: PT e Bolsonaro são iguais. Agora, se a TS tinha chegado a esta conclusão empiricamente, desde o início, comparando as medidas repressivas tomadas pelos governos do PT às medidas tomadas pelo governo Bolsonaro, projetando o futuro de um eventual governo Lula que corresponderia à nova etapa da crise capitalista, bastaria dizer isso desde o início e nos poupar da filosofia. O problema é que este governo não parece ser uma opção da burguesia para as amplas massas, afinal de contas, Lula está preso.

E o resto é pura bobagem, bobagem da grosso, daquela que dá indigestão e da qual merecemos ser poupados, antes que nos convençam a participar do próximo ato convocado pela Lava Jato e pelo MBL.

Núcleo Anarquista do Proletariado Revolucionário

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The New Piñera Dictatorship

Artigo do colaborador Danilo Granato, que está acompanhando de perto as manifestações no Chile


Foto: AFP


In less than 30 years after claiming hard-earned democratic rights, Chile is victim of another dictatorship. It’s a modern dictatorship. One that doesn’t involve a coup, or a revolution. A dictatorship so subtle that when you realize it’s happening, you’re already subdued. This new form of dictatorship is being presided by the current head of state Sebastian Piñera.

Sounds like a pretty strong claim, but as I said, it’s so subtle that’s hard to see. A few intelligent people can perceive it, but they seem like the donkey from George Orwell’s “Animal Farm”.

I don’t want to be a donkey who keeps silent and lets, through inaction, iron-fist dictators claim power. That’s why I’m laying the facts as I see them and letting the readers draw their own conclusions.

Throughout his second government, the disregard for the population they were supposed to serve was apparent in Piñera’s team. These weren’t only under-the-curtain symptoms such as increasingly long lines in under-staffed, ill-stocked hospitals; high water scarcity due to a historical 10-year long drought; a 10% increase in the electricity bill while it should have been lower; and suspicious deaths of environmental leaders.

On top of aggravating peoples living conditions, the team of ministers made sure to laugh openly at the demise of the population. Citizens heard they could “play bingo and socialize while waiting for the doctor”, or “buy flowers” when it was the only item with deflated prices. On the other side of the table, the government was giving “forgiveness” to multi-millionaire corruption scandals in police and military forces.

All this happened while people were routinely being treated in hospital sofas, agriculture and forestry were over-exploiting privatized water sources, communal leaders were “being suicided” for protecting the environment, and hard-working middle class were retiring in sub-living conditions with pensions far below the minimum wage.

The tipping point was a mere 4 cents increase in the peak-hour metro fare, to which the population heard from the transport minister they should “take the transport earlier” if they would like to avoid the fare hike.

Under these conditions, no wonder the population exploded in protest. The government response? Deploy the military forces in the streets and propose a series of laughable palliative measures that would barely alleviate the daily grind of the population. Proposals which only will broaden the social gap by enriching business owners and putting the country’s finances under permanent strain.

We’re not short of examples. There’s the medicine reform in which government will subsidize remedies from colluded private pharmacies that charge over-inflated rates. There’s also the “catastrophic health insurance” in which the government will pay for health insurance companies to deal with illnesses the public service should but can’t provide. There’s also the bizarre “guaranteed minimum wage” in which the government will use tax-payer’s money to complement the salary of underpaid workers. There’s the public “boost” to private pensions, where the government will pour money into ill-paying, profit-making retirement funds companies.

It is an abnormal form of neoliberalism in which the government gives citizen taxes to private companies, so these companies provide basic services the government itself failed to provide.

Not to count the proposal with personal gain like removing the housing tax for people 70 years old and over. This in a country where a common 70-year pension is not enough to buy enough food or medical care, let alone a house, but the president is conveniently turning 70 years old next year and doesn’t lack properties to pay taxes on (which, by the way, he already owes thousands of dollars of unpaid housing tax).

The list of proposals goes on, but they clearly don’t tackle the underlying needs of the people, and still are committing away public funds to private pockets, putting Piñera’s successor in an extremely difficult position – endure a severe constraint in the public budget or pay the political price to abolish populist policies. 

And that’s not all. Due to social unrest and the military pressure on the streets, these matters are of “extreme urgency”. So, deputies and senators are urged to approve these measures, without proper time to deliberate, and are pressed by public opinion to be in favour or otherwise be taxed as going against the people’s interests. No wonder the president is smiling while he declares war on his population.

In the meantime, as events unfold on the streets, we are getting to know human rights violations from military abuse and cases of undercounting and concealing of deaths by the government. The oppression is escalating to a point where people are being censored and getting arrested inside their own houses, completely outside the jurisdiction of the current exceptional state. As more recent facts are being studied, it is coming to light that these powers are even disobeying the country’s constitution.

It is clear that, right now, Piñera doesn’t have social legitimacy. He once had, scantly, in the elections 4 years ago. With less than 27% of the votes of the electorate in 2017, he was “entitled” to the power regardless of his results and social approval since then. Without public support and with the military by their side, Piñera and his team don’t seem worried to propose hasted laws that would create a political deadlock in which only he and his friends win and everybody else loses. All during a difficult time of social fear, concealed military abuse and overruling of the constitution.

If this is not a dictatorship, I don’t know what it is.

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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

CurvaTALKS 07 - Policiais Antifascismo

É possível haver uma polícia que não sirva somente para reprimir os trabalhadores e proteger a propriedade privada dos ricos? Por que 77% dos policiais são a favor da desmilitarização? O que é uma polícia de ciclo completo?

Neste episódio, entrevistamos Almir Felitte, membro do movimento Policiais Antifascismo e militante do PSOL.

Música de abertura: Rigurgito Antifascista - Banda Bassotti & OZulù


segunda-feira, 14 de outubro de 2019

CurvaCAST 20 - Equador, a briga de Bolsonaro e Bivar e OCDE

1. O povo se levanta no Equador contra o governo neoliberal e ilegítimo de Lenín Moreno
2. Jair e Luciano Bivar trocam farpas e a família Bolsonaro sinaliza um desembarque do PSL
3. Economia doméstica não decola e, no exterior, o Brasil toma tombo do Trump
 Música de abertura: El pueblo unido jamás será vencido - Inti Illimani

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