1. Coup d’État. O onago ronaldo caiado vem provocando os Senadores pró-democracia fortemente e uma dessas provocações quase resultou em pancadaria com o Senhor Lindbergh Farias. Álvaro dias, em excesso de sinceridade, falou à imprensa que o Julgamento é um teatro, uma encenação, que “detalhes jurídicos não interferem” e que os Senadores já vêm com convicção formada. Foi a confissão de um crime, praticamente. A principal testemunha de acusação, júlio marcelo de oliveira, procurador do Ministério Público de Contas da União, se tornou mero informante, após a Senhora Gleisi arguir sua suspeição, uma vez que ele havia feito campanha para a rejeição das contas da Presidente, antes de ela ir ao Plenário do TCU. Isto rompeu sua imparcialidade, conforme entendeu Lewandovski. Após isso, o auditor roberto d’ávila foi desqualificado pelo Senhor Randolfe Rodrigues, após o primeiro confessar que havia ajudado julio marcelo a escrever a peça sobre as contas presidenciais, ao qual o próprio d’ávila julgaria. De acordo com o Senhor Eduardo Cardozo, seria o mesmo que o juiz de um processo ajudasse o advogado de uma das partes a escrever a petição inicial. O julgamento do impeachment está nulo, pois juízes não participaram da colheita de provas. Esse é o entendimento de renomados juristas ao analisar o boicote realizado pelos desonrados Senadores com relação às testemunhas de defesa. Houve, em razão desse boicote, violação do devido processo legal, pois os julgadores não se deram ao trabalho de presenciar a oitiva de testemunhas. O Juiz Rubens Casara afirmou que a ausência dos julgadores é apenas uma das nulidades desse processo – “tudo é estranho nesse processo. Senadores, que são juízes da causa, fazem ‘réplicas’ às falas das testemunhas, antecipam o teor dos votos antes mesmo da instrução, não entram em contato com a prova, afirmam que vão julgar atos distintos. “No Estado Democrático de Direito, esses ‘juízes’ não poderiam participar de qualquer julgamento sério. Se participarem, os seus atos deveriam ser anulados. Mas, na pós-democracia, em que não existem limites ao exercício do poder, vale tudo”. Renan calheiros afirmou, ao microfone, durante a sessão do Julgamento, que o Senado Federal parece um hospício. De fato, parece. O presidente da Casa tomou o microfone e afirmou, perante o Presidente do Supremo Tribunal Federal, que os Senadores eram ingratos, especialmente a Senhora Gleisi Hoffman, pois ele tinha livrado ela de um indiciamento no Supremo Tribunal Federal.. Julgamento. 18 ministros da democracia e convidados, tais como o Sr. Lula e o Sr. Chico Buarque, estão presentes neste exato momento no Senado Federal para acompanhar a Presidenta a realizar sua defesa. O golpe é do neoliberalismo contra o Estado de Bem Estar Social; a própria desculpa para tirar a Senhora Dilma do poder tem cunho neoliberal. Que momento vivemos, Senhores. Aqueles que olharam para os pobres pela primeira vez, agora perseguidos pelos Outros, estão juntos, lutando mais uma vez contra eles. Quanta coragem tem a Senhora Dilma! E quanta covardia emana do Hospício Federal onde mais da metade tem pendências judiciais e interesse pessoal na queda da Presidente, para frear as investigações. (...) 4. Governo do Traidor. “Educação”. Michel temer suspendeu o programa nacional de combate ao analfabetismo. O Brasil é hoje um dos países com as taxas mais altas de analfabetismo. Cristovão buarque, que sempre apoiou a bandeira da educação, é partícipe desse processo de emburrecimento da população brasileira. Que papel... 5. Operação Lava Jato. Lula. Aproveitando o timing do Julgamento da Senhora Presidenta Dilma, o delegado federal Sr. Márcio Anselmo indiciou os Senhores Lula e Marisa em inquérito sobre o Tríplex. O delegado fez campanha em favor de aécio neves nas eleições de 2014 e chegou a chamar o Senhor Lula de anta nas mídias sociais, demonstrando que sua imparcialidade está fortemente comprometida. Claramente, o braço judicial e policial do golpe de estado utiliza o relógio do impeachment para dar seus passos.
1.Coup d’État. Começa hoje o julgamento da Sr.ª Dilma
Rousseff no Senado Federal. Levando em consideração a votação pelo acolhimento
da denúncia, as chances do golpe de estado se consumar são grandes. Os
movimentos sociais estão amedrontados e a população está sendo hipnotizada mais
uma vez pelo discurso dos Outros. O PT entrou com uma queixa de violação de
direitos humanos na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização
dos Estados Americanos; o órgão já intimou Temer para se explicar sobre as
lacunas do processo e até agora não há notícias de que o conspirador tenha respondido.
Olimpíadas. Michel temer se acovardou
e não participou da cerimônia de encerramento. É difícil para ele aceitar de
que ele é um João-ninguém: não ganha eleições nem pra síndico, não tem carisma,
é um jurista medíocre, sem renome algum e se apoia em pequenas coisas para
poder manter a vaidade, por exemplo, o fato de saber usar a mesóclise. Do lado
político, o espírito da “conciliação” presente no Estado Brasileiro diz que não
é bom para ele arriscar a imagem, sendo melhor se acovardar para que não haja
desgastes e escaladas que ponham em risco a manutenção do poder. Nós, que
estamos há muito nessa briga, sabemos que, apesar do discurso de que a passagem
de michel pela presidência afirmar que é algo temporário, já surgiu o Estado de
Exceção e todo Estado de Exceção tenta se perpetuar. Haverá um segundo golpe,
maior e mais claro, tal como em 1964.
2.Operação Venezuela One.Em razão dos expurgos acontecidos na Venezuela
promovidos pelo Sr. Nicolas Maduro, a OVI está suspensa.
3.Ministério fascista da Saúde.
Ricardo Barros afirmou que
homens trabalham mais que as mulheres, por isso que as mulheres teriam mais
tempo para usar o SUS. No entanto, sabemos que é justamente o contrário, as
mulheres vão mais ao SUS pois, além de ter uma gangorra hormonal a cada mês,
fazem jornada dupla, quando não tripla – e por isso adoecem mais. Ademais, as
mulheres ganham menos que os homens e têm uma qualidade de vida inferior. Em
episódios anteriores, Barros afirmou que a maioria das pessoas vai para o SUS
com doenças psicossomáticas. A intenção com esse discurso é legitimar um menor
investimento na área de saúde por parte do governo e aumentar a venda de planos
de saúde. Cabe lembrar que apenas 1% dos planos de saúde brasileiros
encontra-se quite com o erário público. Outro elemento presente no seu discurso
é também o do machismo, uma vez que afirmar que as mulheres vão para o posto de
saúde porque têm mais tempo livre é o mesmo que dizer que elas vão sem
precisar, que elas se preocupam demais com a saúde e que o certo é ficar em
casa e só procurar o médico quando estiver morrendo. E se morrer, um pobre a
menos, por favor.
4.Ministério
fascista das Relações com os Estados Unidos. A chancelaria do golpe
entrou em um contencioso com o Uruguai, devido ao conflito diplomático com
relação à Presidência Pro-Tempore do Mercosul. Montevidéu afirmou que Caracas
tinha pleno direito em assumir a cadeira, visão não muito compartilhada pelo
emboste. Depois, afirmou que a chancelaria embosteira havia subornado para que
Montevidéu votasse contra a passagem da presidência para a Venezuela. Serra
ameaçou chamar o embaixador para consultas e Uruguai pediu desculpas pela
declaração, mas afirmou que não voltaria atrás com relação à Venezuela. Para
que uma decisão desse tipo seja tomada, é necessário unanimidade entre os
Estados-membros, excetuando a Venezuela, uma vez que é ela a impugnada – por
isso que a opinião do Uruguai é tão importante. O Mercosul não existe mais e
vai continuar não existindo enquanto houver macri e temer. O Paraguai também
está contra a passagem da presidência, mas cabe lembrar que eles também
trocaram de presidente por meio de um impeachment
duvidoso Organização dos Estados
Americanos. Para o emboste, a manifestação da OEA, maior organismo das
Américas e um dos maiores organismos regionais do mundo, com relação ao impeachment, é ‘besta’ e ‘malfeita’.
Faltou falar que ela é boba-feia-chata. Bem feito, nos dois neurônios que
existem naquela imensidão de cabeça dele, são os discursos e adjetivos que usa
para se pronunciar diplomaticamente.
5.Ministério fascista do Esporte. Mal as Olimpíadas acabaram e Leonardo picciani
suspendeu as verbas para os programas de treinamento dos atletas. As
confederações esportivas estão revoltadas, com exceção da CBF.
6.Operação
Lava Jato. Chegou a
público que josé serra recebeu 23 milhões de reais via caixa dois pelo Sr.
Marcelo Odebrecht. Em nota, o emboste deu a entender que, se houver alguma
ilegalidade, algum ganho por fora, a culpa é do PSDB, pois ele é o responsável
pelas arrecadações. A expectativa em torno da delação é de que haveria provas
para incriminar o Sr. Lula, mas o tiro saiu pela culatra eatingiu os Outros.As
oitivas contra os trinta executivos têm sido duras e beira ao constrangimento
ilegal. De acordo com os réus, os investigadores chegaram a chamar os delatores
de mentirosos, com direito a soco na mesa e tudo mais. A intenção, sobretudo do
ministério público, é encontrar algo para incriminar ao Sr. Lula, especificamente,
mas até agora não conseguiram sequer ilações. A frase que se ouvia era de que
iria colocar os delatores de volta na cadeira para “aprender a fazer a lição de
casa” – isto é, entregar o Sr. Lula.
7.PiG. A Veja está falindo, assim como a Globo. A
revista está passando pela 18ª ação de reestruturação desde 2013. É preciso
formar um novo pensamento pela internet para educar os cidadãos com relação à
política e Direito, aproveitando-se desse vácuo que está surgindo com a
decadência desses veículos de comunicação.
As revelações envolvendo os nomes de Michel Temer e José Serra foram feitas em entrevistas preliminares dos réus com membros do Ministério Público Federal. Cerca de 30 executivos da empreiteira, incluindo Marcelo Odebrecht, deram depoimentos em Curitiba.
As entrevistas fazem parte da fase de negociação da delação premiada de executivos da Odebrecht. Nessa etapa, os réus oferecem informações preliminares e a defesa negocia com o Ministério Público a extensão dos benefícios que podem ser concedidos em troca.
Somente em uma etapa seguinte a Odebrecht se compromete a apresentar extratos bancários que comprovem as movimentações financeiras.
Participaram das entrevistas procuradores da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, e membros da Procuradoria-Geral da República - que cuida das acusações em casos de quem tem foro privilegiado, como José Serra e de Michel Temer.
Pelo menos por enquanto, as citações a Michel Temer e José Serra foram divulgadas apenas pela imprensa, e ainda não são confirmadas pelo Ministério Público. As informações registradas nessa fase prévia a um possível acordo de delação são sigilosas.
O jantar de Michel Temer
A citação ao presidente interino Michel foi feita, segundo a revista “Veja”, pelo próprio Marcelo Odebrecht. O dono da maior empreiteira do país disse que acertou a doação de R$ 10 milhões em dinheiro vivo ao PMDB em um jantar no Palácio do Jaburu, com Michel Temer e seu agora ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
O jantar teria acontecido em maio de 2014 e os recursos seriam usados nas eleições daquele ano. Segundo o empreiteiro, os R$ 10 milhões saíram do setor da Odebrecht que ficou conhecido como “departamento de propina”.
A assessoria do Planalto confirmou à revista que Temer se encontrou com Marcelo, mas disse que todas as doações feitas ao PMDB foram legais. Ao Tribunal Superior Eleitoral, o partido declarou ter recebido R$ 11 milhões da Odebrecht em 2014."
"A delação de executivos da construtora Norberto Odebrecht ainda não foi oficializada, mas já incomoda o governo federal. Informações vazadas pela imprensa recentemente ligam o presidente interino, Michel Temer, e o ministro das Relações Exteriores, José Serra, ao uso de recursos de origem ilegal doados pela empresa. Uma eventual delação da Odebrecht é considerada aquela que tem o mais amplo potencial de estrago para os políticos.
Os rumores sobre a possível delação de executivos da maior empreiteira do país já agitam Brasília há algum tempo. O acordo chegou a ser comparado pelo ex-presidente da República José Sarney a uma“metralhadora ponto cem”, por seu alto poder de destruição. A conversa, divulgada em maio, foi uma das gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, também delator da Lava Jato.
O estágio do acordo
As revelações envolvendo os nomes de Michel Temer e José Serra foram feitas em entrevistas preliminares dos réus com membros do Ministério Público Federal. Cerca de 30 executivos da empreiteira, incluindo Marcelo Odebrecht, deram depoimentos em Curitiba.
As entrevistas fazem parte da fase de negociação da delação premiada de executivos da Odebrecht. Nessa etapa, os réus oferecem informações preliminares e a defesa negocia com o Ministério Público a extensão dos benefícios que podem ser concedidos em troca.
Somente em uma etapa seguinte a Odebrecht se compromete a apresentar extratos bancários que comprovem as movimentações financeiras.
Participaram das entrevistas procuradores da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, e membros da Procuradoria-Geral da República - que cuida das acusações em casos de quem tem foro privilegiado, como José Serra e de Michel Temer.
Pelo menos por enquanto, as citações a Michel Temer e José Serra foram divulgadas apenas pela imprensa, e ainda não são confirmadas pelo Ministério Público. As informações registradas nessa fase prévia a um possível acordo de delação são sigilosas.
O jantar de Michel Temer
A citação ao presidente interino Michel foi feita, segundo a revista “Veja”, pelo próprio Marcelo Odebrecht. O dono da maior empreiteira do país disse que acertou a doação de R$ 10 milhões em dinheiro vivo ao PMDB em um jantar no Palácio do Jaburu, com Michel Temer e seu agora ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
O jantar teria acontecido em maio de 2014 e os recursos seriam usados nas eleições daquele ano. Segundo o empreiteiro, os R$ 10 milhões saíram do setor da Odebrecht que ficou conhecido como “departamento de propina”.
A assessoria do Planalto confirmou à revista que Temer se encontrou com Marcelo, mas disse que todas as doações feitas ao PMDB foram legais. Ao Tribunal Superior Eleitoral, o partido declarou ter recebido R$ 11 milhões da Odebrecht em 2014.
O caixa dois para Serra
Executivos da Odebrecht disseram também a procuradores que a empresa doou R$ 23 milhões à campanha presidencial de José Serra em 2010. Segundo publicou a “Folha de S. Paulo”, o dinheiro não entrou na contabilidade da campanha. Parte dos recursos teria sido paga no exterior.
Oficialmente, segundo o que foi declarado ao Tribunal Superior Eleitoral, a Odebrecht doou R$ 2,4 milhões à campanha de José Serra em 2010. O valor representa pouco, cerca de 10%, perto do que a empreiteira diz ter pago via caixa dois. Na documentação da empresa, que usava apelidos para disfarçar operações envolvendo políticos, Serra era chamado de Vizinho e Careca.
Em nota, José Serra disse que a arrecadação da campanha foi feita de acordo com a legislação em vigor, mas disse que a responsabilidade pelas doações era do PSDB.
"A minha campanha foi conduzida na forma da lei e, no que diz respeito às finanças, era de responsabilidade do partido".
Muitos ficaram conhecendo Wladimir Costa somente no dia do golpe parlamentar e não digo isso só com relação aos cidadãos, não, mas aos próprios parlamentares. O ex-parlamentar tinha o recorde de ser o mais "doente" de todos, faltando na maioria das sessões, apresentando atestados médicos.
O ex-deputado ficou famoso pelo seu carnaval particular apresentado no Dia da Vergonha Nacional:
Porém, sua alegria não durou muito tempo. Seu mandato foi cassado no dia 08 de julho deste ano de 2016. Eis a notícia, que não ganhou grandes manchetes, no jornaleco G1:
"Segundo o TRE-PA, a Juíza Lucyana Said Daibes Pereira, relatora do caso, concluiu pela existência de gastos não registrados na prestação de contas da campanha no ano de 2014, em um total de R$ 410.800 mil, além de constatar indícios de falsidade em documentos, com base nas acusações do Ministério Público Eleitoral.
O autor do pedido de cassação foi o Procurador Regional Eleitoral do Pará, Bruno Valente, baseado em pareceres técnicos do TRE que apontam o abuso de poder econômico. O procurador afirma que as omissões na prestação de contas impedem a verificação da regularidade da campanha.
“E mais, demonstram total desprezo com a demonstração de regularidade, uma vez que foram identificadas despesas não contabilizadas e, consequentemente, sem comprovação da origem dos recursos arrecadados (caixa dois)”, diz o procurador no processo.O deputado teve a prestação de contas impugnada e rejeitada pelo pleno do TRE em 2014.
Wladimir Costa declarou que gastou R$ 642.457,48 durante sua campanha à Câmara Federal, mas segundo o MPE, o candidato deixou de declarar R$ 149.950,00 em despesas de material gráfico, além de mais de R$ 100 mil em despesas efetuadas entre julho e setembro do ano eleitoral de 2014, que não constam na prestação de contas..
'Deputado dos confetes' Wladimir Costa exerce seu quarto mandato na Câmara e recentemente se destacou durante as sessões de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, quando estourou um rojão de confetes durante seu discurso alegando que o governo do PT dava "um tiro de morte" no coração do povo brasileiro. O deputado usou o recurso em duas outras oportunidades, inclusive durante seu voto favorável ao impeachment durante a votação na Câmara.
"A estudante de direito Patricia Lélis, de 22 anos, está no centro de um caso cheio de reviravoltas que envolve evidências de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão por parte do deputado Marco Feliciano, do PSC, além de coação, sequestro e ameaças de morte da parte de seu chefe de gabinete, Talma Bauer.
O excesso de informações desencontradas manteve a história relativamente confusa nos últimos dias. Embora a maioria dos grandes jornais do país tenha noticiado a detenção para interrogatório do assessor de Marco Feliciano, na sexta, o único veículo que está investigando a história é o blog Coluna Esplanada, do jornalista Leandro Mazzino, do UOL.
No entanto, embora a narrativa pareça desencontrada, as provas apresentadas por Lélis e as declarações do delegado que está investigando parte da denúncia em São Paulo já permitem traçar uma linha do que aconteceu.
A cronologia
24 de julho
A história veio à tona pela primeira vez no blog Coluna Esplanada, do jornalista Leandro Mazzini, que tem acompanhado o caso. Na ocasião, ele não mencionou o nome do deputado ou da vítima.
2 de agosto
Mazzini publica a história completa, dessa vez apontando Marco Feliciano como o agressor. Acompanhando a matéria, seguem prints de conversas no Whatsapp e no Telegram entre a vítima e o deputado. Nelas, há evidências de que a jovem sofreu violência sexual por parte de Feliciano.
Patricia Lélis publica nas redes sociais dois vídeos em que acusa o jornalista de forjar a história para incriminar Feliciano e nega a acusação de estupro. Eles são apagados em seguida, no mesmo dia.
Mazzini reporta que se encontrou com a mãe da vítima em Brasília. De acordo com o jornalista, ela disse que viu a filha com a boca machucada e uma mancha roxa na perna no dia da agressão, 15 de junho. Além disso, a mãe também disse que a estudante havia ligado de São Paulo e pedido a ela o número uma conta bancária jurídica, ligada a um CNPJ, para que fosse feito um depósito. Isso teria feito com que ela decidisse ir para São Paulo encontrar a filha e entender o que estava acontecendo.
3 de agosto
No blog, Leandro Mazzini publica o áudio de uma longa conversa entre Lélis e Talma Bauer, chefe de gabinete de Marco Feliciano. Nela, Bauer não nega as acusações de Lélis e se comporta como se estivesse completamente ciente das acusações - e da veracidade delas. A conversa aconteceu em algum momento anterior ao dia 24 de julho, quando a história foi publicada pela primeira vez. Bauer confirma à coluna que se reuniu com Lélis, mas alega que o teor do áudio pode ser fruto de uma montagem.
5 de agosto
A vítima divulga que fez um boletim de ocorrência e prestou depoimento à Polícia Civil de São Paulo.
O assessor de Feliciano, Talma Bauer, é detido para interrogatório e liberado.
Em entrevista em vídeo à revista Veja SP, Lélis conta os detalhes da agressão e da coação e sequestro por parte de Talma Bauer.
6 de agosto
O site de notícias evangélico Gospel Prime publica um texto com prints de Whatsapp que mostram Lélis na posição de assediadora e Feliciano na de vítima. No entanto, ao contrário dos prints originais, aqueles que incriminam o deputado, esses têm horários de mensagens e outros detalhes que não são consistentes, o que reforça suspeitas de que sejam forjados.
Os detalhes da acusação
Patrícia Lélis era militante do Partido Social Cristão, presidido por Pastor Everaldo, que foi candidato às eleições presidenciais em 2014. Além disso, a jovem é famosa divulgadora das ideias da bancada evangélica nas redes sociais, especialmente a defesa da pauta contra a legalização do aborto e contra vários outros temas associados ao movimento feminista. Antes de sua página ser tirada do ar, segundo ela pelo assessor Talma Bauer, Lélis tinha mais de 100 mil seguidores.
Ela contou ao blog Coluna Esplanada e, depois, em depoimento oficial à Polícia Civil, que foi convidada por Marco Feliciano para uma reunião com a juventude do PSC no apartamento do deputado, em Brasília, na manhã do dia 15 de junho.
Disse que, chegando lá, não havia outras pessoas no apartamento e Feliciano teria lhe oferecido um cargo comissionado no PSC com salário mensal de cerca de 15 mil reais para que ela se tornasse sua amante. Diante da recusa da jovem, o deputado a agrediu com socos e pontapés, tentou beijá-la à força e levantou sua saia.
O relato de Lélis dá conta de que ela só teria conseguido fugir do apartamento de Feliciano porque seus gritos foram ouvidos por uma vizinha, que bateu na porta. O deputado então a teria deixado ir.
Os prints divulgados como prova por Lélis, na cronologia, são de uma conversa que aconteceu logo em seguida à agressão.
Reunião com o PSC
Depois disso, ela conta ter se reunido com dirigentes do partido para denunciar o caso. Eles teriam lhe oferecido um valor em dinheiro para que ela desistisse de denunciar a agressão de Feliciano.
Diante de sua recusa em aceitar o pagamento para silenciar, ela foi procurada pelo assessor de Feliciano, Talma Bauer. O resultado disso foi um encontro cujo teor foi gravado em áudio e divulgado também pelo Coluna Esplanada.
Nessa conversa, a jovem afirma não ter ido antes à polícia denunciar o caso por receio de como isso impactaria sua atuação dentro do partido. Nela, o assessor tenta convencê-la a “botar uma pedra” sobre o caso.
O que aconteceu quando ela veio a público
Lélis disse em depoimento que um jornalista chamado Emerson Biazon teria oferecido a ela a chance de fazer entrevista para uma vaga de emprego em São Paulo. Com passagens e hospedagens pagas por ele, segundo Lélis, a jovem veio de Brasília para São Paulo no dia 30 de julho.
Ao chegar ao hotel, conta, se deparou com Talma Bauer. Lélis afirma que foi mantida em cativeiro por ele no hotel - e que o chefe de gabinete de Feliciano, armado, a coagiu a gravar os dois vídeos em que ela nega a violência que sofreu.
A estudante também contou, em depoimento, em entrevista coletiva no dia 8 de agosto e ao Coluna Esplanada, que Bauer queria que ela fizesse uma coletiva em que admitiria estar apaixonada pelo deputado e ter inventado a história.
A jovem teria escapado com a ajuda da mãe, que decidiu visitá-la em São Paulo ao perceber que havia algo de errado, e de repórteres que estavam no hotel para entrevistá-la, segundo ela. O caso, que já estava em posse do jornalista Leandro Mazzini, foi divulgado por ele porque a estudante passou dias sem se comunicar com o repórter - e Mazzini temia por sua segurança.
É essa a denúncia que a Polícia Civil de São Paulo está investigando - e por isso a detenção de Talma Bauer para depoimento. O delegado responsável pelo caso enviou o boletim de ocorrência a Brasília: para investigar Marco Feliciano, que é deputado e tem foro privilegiado, é preciso uma autorização especial.
Só depois que seu assessor foi convocado a depor, Marco Feliciano se pronunciou sobre o caso, em um vídeo que gravou ao lado da esposa. Nele, o deputado nega as acusações, diz que “perdoa” Lélis e que tem segurança de que a justiça “de Deus e dos homens” vai “mostrar a verdade”.
O que falta explicar
Apesar de ser possível amarrar alguns dos pontos do caso, ainda sobram muitas questões não explicadas.
No dia 28 de junho, Marco Feliciano discutia no Twitter com o ator Gregorio Duvivier. Ele postou, por engano, um printdo Whatsapp de uma conversa com Patricia Lélis, que apagou em seguida. Duas das mensagens são fotos pessoais, uma delas íntima. Trata-se também de um dos prints divulgados pelo site Gospel Prime em agosto para incriminar a vítima. Esse episódio sugere, no mínimo, que os dois já se conheciam, ao contrário do que disse o deputado.
A participação de Emerson Biazon no caso é uma das questões ainda obscuras. Ele teria ido a Brasília ao encontro de Lélis, oferecido a ela a vaga de emprego em São Paulo e a convencido a não fazer um boletim de ocorrência sobre o caso. O que há de novo é que, no fim do depoimento de Lélis à polícia, Biazon disse ao delegado que havia recebido R$ 20 mil em dinheiro de Talma Bauer pelo silêncio da jovem. Ela, no entanto, diz que não autorizou Biazon a receber dinheiro em seu nome. Esse dinheiro, ainda sem dono, está em posse da Polícia Civil paulista.
Agora, os advogados de Lélis vão pedir à Procuradoria Geral da República os vídeos das câmeras do prédio onde fica o apartamento funcional de Marco Feliciano. A jovem afirmou em coletiva de imprensa no dia 8 de agosto que essas imagens provam que ela esteve no apartamento do deputado na data da agressão."
Cabe lembrar que Marcos Feliciano votou a favor do golpe parlamentar, justificando seu voto em favor de sua família, do MBL, de deus, e dos evangélicos do Brasil (mas não falou nada de pedaladas...):
Após trinta anos sob regime de emergência, inspirado pelo exemplo da Turquia, o povo do Egito questionou a autoridade de Hosni Mubarak. O documentário "The Square" trata desse processo e da continuidade dos protestos após sua queda, o qual pode-se ter certeza influenciou o Euromaidan e também os protestos generalizados contra o governo em 2013 aqui no Brasil.
De acordo com os reivindicantes, após trinta anos de desmandos, o povo se irritou e perdeu o medo. No começo, todos faziam coro, era o povo egípcio que se sentia irritado; não era incomum ver um cristão ao lado de um membro da Irmandade Muçulmana. Já se queria a revolução desde o início e muitos estavam lá pela democracia.
A pressão foi tão grande que Mubarak renunciou, entregando o poder às Forças Armadas. Os membros mais simples da Irmandade Muçulmana afirmavam que, em breve, o mundo veria que estava enganado sobre o grupo político, encarado pelos aliados pró-americanos como uma força terrorista. Porém, o tempo passou e mesmo após a queda de Mubarak nada mudou.
O que marca os primeiros protestos contra o regime, antes da queda do ditador, era que, ao contrário do Maidan, havia muita alegria e festejo. Não obstante, militar é militar, e logo os detentores do poder começaram a querer deslegitimar a revolução, afirmando que nem todos que estavam na praça eram protestantes, apenas queriam parecer heróis. E o povo quedou-se com pedras em mãos.
O interessante é notar que, assim como acontece cá por nossas bandas, a mídia também se corrompeu, aliando-se ao status quo, na tentativa de taxar os revolucionários como baderneiros e, assim, esvaziar a balança do poder que começava a pender para os mais humildes. A Irmandade Muçulmana, ao perceber que o furor crescia, resolveu dar as caras nos novos protestos, sequestrando a pauta - "O Islã Manda". Como sempre, os religiosos tentam impor ao laicismo. O Estado sabe o poder eclesiástico e fez acordos secretos com os líderes religiosos, fazendo com que a praça fosse dividida. A opressão começou. As eleições também. A Irmandade subiu ao poder.
Aqui, no Brasil, acontece da mesma forma, porém, com menos violência. Quem detém o poder vende a alma à bancada evangélica e tenta cercear os direitos minoritários. Todo o resto é decorrência disso e, no caso dos protestos egípcios, o desfecho envolveu sangue de jovens heróis através de armas americanas.
Vale traçar um paralelo entre os dois documentários - The Square e Winter on Fire. O primeiro é, de longe, o mais neutro deles, mostrando a realidade dos dois lados, tanto dos muçulmanos quanto dos secularistas; já o segundo é quase uma propaganda pró-Europa, mostrando uma imagem deturpada de unanimidade contra o Primeiro-Ministro Yanukovich, sendo que o país estava política e geograficamente dividido. Cabe lembrar que foi na mesma praça Maidan que os ucranianos saudaram os nazistas em 1941.