AS FRONTEIRAS DO BARÃO
O Barão do Branco empreendeu diversas negociações com outros países cujas fronteiras com o Brasil necessitavam de soluções. Os tratados que assinou com a Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia, Peru, Uruguai, Argentina e Guiana Holandesa definiram os contornos finais do território brasileiro.
QUESTÃO DO ACRE
Em 1902, o Barão do Rio Branco foi convidado pelo presidente Rodrigues Alves para assumir a pasta de Relações Exteriores. Logo no início, se defronta com a Questão do Acre, que foi resolvida por Rio Branco por meio do Tratado de Petrópolis, de 17 de novembro de 1903, por meio do qual o governo brasileiro comprou o território acreano da Bolívia sem precisar entrar em guerra com o País. Para homenageá-lo, foi dado o seu nome à capital do estado. O Barão permaneceu na função de chanceler durante o mandato de quatro presidentes: Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca.
A QUESTÃO DO PAN-AMERICANISMO
O mais instigante na figura do Rio Branco foi a sua percepção da transformação geopolítica no início do século XX, época da intensificação das rivalidades entre as grandes potências europeias. O Império Inglês, que Rio Branco acompanhou de perto, estava gastando bastante tempo e dinheiro em guerras locais que ocorriam em suas colônias na Ásia e na África. Além disso, não demoraria muito para estourar a Primeira Guerra Mundial.
Antevendo a catástrofe europeia, Rio Branco promoveu uma intensa aproximação com os Estados Unidos, que nessa mesma época apresentavam-se sob a liderança do presidente Theodore Roosevelt, como uma grande potência alternativa àquelas da Europa. Além disso, Roosevelt era simpático do pan-americanismo da Doutrina Monroe, que previa um bloco geopolítico integrado no continente americano.
A melhor "ferramenta" utilizada por Rio Branco nesse deslocamento diplomático da Europa para os Estados Unidos foi [nomear] Joaquim Nabuco. Assim como Rio Branco, Nabuco era um aristocrata e diplomata do Império que, com o colapso deste, continuou prestando os seus serviços para a República. Quando o Barão foi nomeado Ministro das Relações Exteriores, Nabuco, que era partidário do pan-americanismo, foi feito embaixador do Brasil em Washington, capital dos EUA.
Por Ariane Bertoli Muscari
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