Conforme o comércio foi crescendo durante a Baixa Idade Média, os burgueses foram se aproximando dos reis em busca de uma centralização burocrática que facilitasse os negócios. O rei, antes uma figura quase decorativa, agora garantia a unicidade da moeda, a simplificação tributária e a padronização dos pesos e medidas. Os nobres enfraquecidos pela escassez de mão de obra no campo, empobrecimento e aumento da violência se viram obrigados a procurar o monarca para garantir a segurança de seu feudo, que então contava com um exército profissional, quando nao entravam em um conflito direto com esse - e perdiam - resultando num regime político chamado Absolutismo.
Para garantir todo esse crescimento, logo os grandes reinados se viram à procura de ouro e matérias-primas no mundo exoeuropeu, primeiro nos principados da Índia e da China. Logo os Otomanos buscaram confrontar o Império Habsburgo na Europa Central e começou a controlar boa parte das rotas de comércio entre Oriente e Ocidente; isso gerou uma pressão por aventuras para fora da Europa e por rotas alternativas de comércio: começam as grandes navegações e os primeiros impérios coloniais, principalmente Portugal e Espanha.
A América foi invadida, conquistada, saqueada e dominada pelos impérios europeus; na África, inúmeros entrepostos e feitorias foram fundados pelos lusitanos, enquanto a reorganização de poder no continente eurasiano descambava para intermináveis guerras sangrentas. Em pouco tempo, essa onda de globalização resultaria em mais fome e revoluções que mudariam o mundo inteiro.
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