quinta-feira, 9 de maio de 2019

SERVIDORES DE RIBEIRÃO PRETO MANTÊM A GREVE APÓS PROPOSTA VAZIA DE TUCANO



Greve dos servidores da educação em Ribeirão Preto se estende por tempo indefinido, dissídio entra em fase judicial e movimento promete unificação com a Greve Nacional da Educação 

Os funcionários da educação do município de Ribeirão Preto decidiram em Assembleia não aceitar uma proposta absurda do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), que previa o não desconto das horas paradas, mediante reposição e, quando puder, negociação de uma reposição salarial. Parece piada, mas não: é apenas a arrogância dos políticos neoliberais diante dos trabalhadores que aflora em decorrência da ascensão da extrema direita. 
A greve iniciou-se em meados de abril, diante das iniciativas de precarização do Prefeito e foi alvo de diversas tentativas por parte da mídia de ser desmantelada. Uma delas tratou-se de espalhar fake news diziam que a Justiça havia considerado a greve ilegal e que o sindicato deveria dissolvê-la, incorrendo em multa se não o fizesse. Em editorial publicado em seu site, o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis desmentiu haver recebido qualquer intimação e se defendeu, também, de uma boataria propugnada pelo Prefeito de que o Tribunal de Contas considerava a greve ilegal. O Sindicato esclareceu que se tratava da opinião pessoal de um conselheiro do Tribunal de Contas e que não havia nenhuma decisão administrativa sequer tramitando na Corte de Contas (ou que ao menos sequer haviam tomado ciência de qualquer processo administrativo por meio de intimação). Vencida a campanha de desinformação, diante de uma denúncia de um servidor de que a Prefeitura estaria empregando propaganda irregular e cometendo outras improbidades administrativas, como o pagamento de avenças sem homologação judicial, o Sindicato protocolou um pedido de impeachment, mas a instauração da investigação não foi aprovada pela Câmara, que é controlada pelo governo. 
Com a extensão da greve e os ataques sucessivos dos grandes capitalistas à educação pública, a greve dos servidores da educação de Ribeirão Preto irá se unificar com a Greve Nacional da Educação, no próximo dia 14, cuja articulação ganhou força após o governo federal contingenciar mais de 30% do orçamento das universidades públicas. Tal medida governamental acontece como um instrumento de pressão contra o Legislativo e os trabalhadores para aceitarem a aprovação da Reforma da Previdência. 

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