Há um mês atrás, após o escândalo da troca de Ministro da Justiça, Michel Temer reduziu a equipe responsável pela Operação Lava Jato e cortou verbas da Polícia Federal, em retaliação à gravação feita por Joesley Batista, no âmbito do inquérito policial.
Há três dias, a perícia da Polícia Federal concluiu que os áudios gravados não estão adulterados. O relatório final do inquérito, disponibilizado à Procuradoria-Geral da República ontem, afirmou que Temer incentivou pagamentos indevidos a Cunha. Hoje, a PF aumenta ainda mais a pressão sobre Michel Temer, suspendendo a emissão de passaportes, às vésperas das férias escolares, e acusando o governo de facto por falta de verbas. O que os responsáveis pelo ato estão fazendo pode ser crime de prevaricação (deixar de praticar ato de ofício para atender sentimento ou interesse pessoal). A crise institucional é tão grande, que os próprios órgãos da República cometem crimes e os publicam.
Segue a nota do cancelamento da emissão de passaportes:
Sobre o serviço de passaportes, a Polícia Federal informa que está suspensa a confecção de novas cadernetas de passaportes solicitadas a partir de hoje, 27/06, às 22 horas.
A medida decorre da insuficiência do orçamento destinado às atividades de controle migratório e emissão de documentos de viagem.
O agendamento online do serviço e o atendimento nos postos da PF continuarão funcionando normalmente. No entanto, não há previsão para entrega do passaporte solicitado, enquanto não for normalizada a situação orçamentária.
Usuários atendidos nos postos de emissão até o dia 27/06 receberão seus passaportes normalmente.
A Polícia Federal acompanha atentamente a situação junto ao Governo Federal para o restabelecimento completo do serviço.
Divisão de Comunicação Social
Polícia Federal
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