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quarta-feira, 6 de abril de 2022

Antiglobalização: a agenda que une Ucrânia, Rússia e Trump

“Por favor, mostrem como podemos reformar ou mudar [o Conselho] e trabalhar pela paz. Se não houver alternativa, então a próxima opção seria dissolvê-lo completamente.”

Esta é a mais nova escalada discursiva de Volodymyr Zelensky em relação às contradições da institucionalidade internacional vigente. A frase foi dita ao Conselho de Segurança da ONU, depois de haver um tensionamento pelo mandatário ucraniano pela imediata afiliação do país à OTAN e à União Europeia, ambas negadas pelas respectivas organizações.

Além de haver uma afinidade ideológica muito grande entre Zelensky e Putin, a estratégia de política internacional dos dois, em matéria de guerra, se complementam em muitos sentidos.

O papel do Putin é mais claro no embate ocidentalista. Já Zelensky causa um dano incalculável à legitimidade das alianças ocidentais, em especial à OTAN, quando mostra suas limitações operacionais e mesmo ideológicas. Causa também um dano irreparável à suposta imagem universalista da União Europeia quando tensiona uma candidatura à jato para o bloco - e causa ressentimento principalmente aos europeístas ucranianos.

Não bastasse todo o cataclisma econômico que o mundo ocidental abraçou para apoiar a causa ucraniana, Kiev agora coloca em xeque a legitimidade do próprio Conselho de Segurança da ONU, dizendo que se ele não pode fazer nada, deve fechar de uma vez. Tal Conselho é decorrência da dominação atlantico-europeia no sistema mundo no pos-guerra em matéria de institucionalização internacional. Deslegitimar o CS é deslegitimar a própria Ordem de São Francisco e a Comunidade Internacional como um todo, algo que cai no colo não só do interesse da Rússia, mas que é agenda clara dos tradicionalistas - Dugin/Putin (Rússia), falecido Olavo de Carvalho/Bozo (Brasil), Praviy Sector (Ucrânia), Orban (Hungria), Bannon/Trump (EUA), pra dizer apenas os mais proeminentes.

Se tem algo que une Ucrânia, Rússia e Partido Republicano é a agenda antiglobalização.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A guerra da Síria no Conselho de Segurança #1


O governo Sírio oficiou no último dia 2 junto ao Conselho de Segurança sua defesa em relação à alegação de uso de armas químicas contra civis, como forma de gerar terror na população, bem como neutralizar inimigos na guerra civil que assola seu território. De acordo com o representante sírio, o relatório que faz a acusação não traz nada de novo, sendo uma cópia do relatório intitulado “Relatório para a Proibição de Armas Químicas”. A Rússia enviou um relatório sobre o cessar-fogo e as conversações de paz. De acordo com o expediente, acordos de reconciliação foram assinados com os representantes de quatro áreas em Ladhiqiyah e Hama. As negociações de um regime de cessar-fogo continuam com os comandantes de grupos armados em Damasco e opositores em Homs, Allepo e Qunaytirah. O número de grupos armados que aceitaram os termos do acordo continua o mesmo: 69. As forças aéreas russas e sírias não fizeram qualquer ataque contra grupos armados opositores que informaram o cessar de hostilidades nos centros de reconciliação russos ou americanos. Oito ajudas humanitárias à população foram executadas.